Wolmar Salton (Wolmar Antonio Salton)

De Futebol de Passo Fundo
Revisão de 22h40min de 26 de agosto de 2024 por Futebolpassofundo (discussão | contribs)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar
Wolmar Salton
👤2º Patrono do Gaúcho
🏟️Nome de estádio
Informações pessoais
Nome completo Wolmar Antonio Salton
Nascimento 26.04.1911
Local Bento Gonçalves-RS
Falecimento 01.09.1984, aos 73 anos
Local Passo Fundo
Ocupação Industrial, político
Carreira em Passo Fundo
Dirigente
Equipes Gaúcho

Wolmar Antonio Salton, também conhecido como Wolmar Salton (Bento Gonçalves-RS, 26 de abril de 1911 — Passo Fundo, 1º de novembro de 1984), foi ex-presidente do Gaúcho e é o segundo patrono do clube, emprestando seu nome aos estádios do clube inaugurados em 1957 e 2016.

História

Nascido no dia 26 de abril de 1911 em Bento Gonçalves, quando criança Wolmar Salton jogava bola com dois tios que eram zagueiros no Esportivo. O menino Wolmar não perdia treino nem jogo do time e adorava os clássicos contra o Juvenil e o Juventude de Caxias do Sul. Em entrevista ao jornal Diário da Manhã, em 1968, Salton também lembrou de um jogador do Esportivo que depois reencontraria em Passo Fundo: “era o estudante e patrono do 14 de Julho, Celso Fiori, que morou durante um tempo em Bento Gonçalves”.

Wolmar Salton conheceu o Gaúcho aos 13 anos de idade quando o pai, o industrial italiano João Antônio Salton, decidiu se mudar para Passo Fundo. Foi amor à primeira vista. Logo no primeiro domingo na cidade nova, o Gaúcho recebia o Ítalo-Brasileiro de Erechim. “Arrumei mil réis, o valor do ingresso de meia entrada na época e fui assistir ao jogo. Desde então comecei a torcer pelo Gaúcho”, revelou o patrono.

Aqui, a família Salton abriu uma serraria e uma indústria de beneficiamento de madeira localizada onde hoje é a Vila Vergueiro. Como a Cancha do Gaúcho era na vizinhança, tudo ficava ainda mais fácil para o jovem Wolmar tornar-se um apaixonado pelo alviverde.

Em 1938, fez parte da diretoria que reergueu o clube. Para ajudar, marcou o gramado do Estádio da Montanha com uma trena e fechou o campo com tábuas. Em 1943, Wolmar Salton era eleito presidente do Gaúcho. Aliás, foi a única vez, e por apenas um ano, que exerceu oficialmente o cargo (em 1938 assumiu depois do pedido de licença do então presidente Frederico Graeff Filho). Na inauguração do antigo Estádio Wolmar Salton no Boqueirão, em 1957, ficou sensibilizado com a falta de arquibancadas e decidiu doar a madeira necessária para a construção de um pavilhão para os torcedores.

Com Wolmar Salton integrando a diretoria do Gaúcho, o clube viveu suas maiores conquistas. Foram campeonatos citadinos, regionais, copas estaduais e principalmente o título do Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão de 1966. Mais vitórias significam mais torcedores. E era isso o que acontecia com o Gaúcho, que chegou a rivalizar com o Brasil de Pelotas como o clube de maior torcida no interior do Rio Grande do Sul. Ele também era um homem preocupado com o futuro do futebol do Gaúcho. Sempre lembrava da importância de se formar jogadores no próprio clube. A prova que ele tinha interesse pelas categorias de base era o incentivo dado aos filhos dos seus conhecidos a jogarem no clube.

Wolmar Salton sabia que o futebol exercia um papel social importante na comunidade. Não só colaborava para organizar as disputas naturais como ainda melhorava o nível de debate na política. Pessoas de partidos e ideologias diferentes se uniam pelo clube. Ou seja, criava-se amizade com adversários. Um dos bons amigos de Salton era justamente Celso Fiori.

A paixão pelo clube era tamanha e tão forte que nem mesmo um derrame cerebral foi capaz de silenciar o coração alviverde. A dificuldade para caminhar também não foi obstáculo. Entrava de carro no estádio e assistia aos jogos sentado no banco da frente do veículo, que ficava estacionado atrás de uma das goleiras. Os jogadores, ao entrar em campo ou ao comemorarem um gol, sabiam que não tinham apenas a torcida ao seu lado. Lá também estava Wolmar Salton.

Vida pessoal

Depois de concluir os estudos no Colégio Conceição, Wolmar Salton cursou a Escola de Comércio em Santa Maria, na época a única instituição do tipo no Rio Grande do Sul. Com a experiência familiar e de quem aos 16 anos começou a trabalhar no setor madeireiro, foi presidente da Associação Comercial de Passo Fundo, um dos fundadores do Centro das Indústrias da Região do Planalto, integrante da diretoria do Sindicato do Comércio Madeireiro e presidente do Rotary Club de Passo Fundo.

Genro de Armando Araújo Annes, por três vezes prefeito de Passo Fundo, Salton entrou para a política em 1947, sendo eleito duas vezes vereador. No dia 15 de novembro de 1955 foi eleito prefeito. Em 7 de abril de 1971 recebeu o título de cidadão honorário de Passo Fundo. Novamente venceu as eleições para a prefeitura para o período de 1977 a 1981, mas por motivos de saúde não concluiu o mandato. Em 25 de agosto de 1982 receberia a maior honraria do município, a Medalha Grão Mérito Fagundes dos Reis.

Casou-se em 1946 com Irma Helena Mader Annes, teve quatro filhos: Jorge Alberto, João Antônio, Carlos Armando e Maria Luiza.

Honras

  • 2º patrono do Gaúcho
  • Homenageado com o nome de estádios do Gaúcho