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|'''<small>Nome</small>'''
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|<small>Cinema e Teatro Coliseu América</small>
|<small>Piscinas H. Egger Indústria e Comércio</small>
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|<small>'''Proprietário'''</small>
|<small>'''Proprietário'''</small>
|<small>Florencio Della Méa (inicial)</small>
|<small>Hanns Egger</small>
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|<small>'''Atividade'''</small>
|<small>'''Atividade'''</small>
|<small>1920-1970 (como Cine Real)</small>
|<small>Não disponível</small>
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|<small>'''Endereço'''</small>
|<small>'''Endereço'''</small>
|<small>Avenida General Neto, 23</small>
|<small>Não disponível</small>
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Criado em 1895 pelos irmãos franceses Lumière, o cinema chegou a Passo Fundo em 1910, com Joaquim Pozzo. As "funções", como se dizia na época, aconteciam no Clube Literário Pinheiro Machado, atual Academia Passo-Fundense de Letras. Mas o primeiro cinema permanente da cidade seria o Pathé, criado em abril de 1911 pelo ambulante Roberto Silva, o Robertinho, que trouxe um cinematógrafo de São Paulo e alugou um galpão na Avenida General Neto, onde hoje fica o Banrisul. O Pathé funcionava de terça a domingo, exibindo diversas películas e com uma tarde reservada para as crianças. Já o primeiro cinema da cidade a publicar um anúncio de uma sessão, em 1917 no jornal [[O Gaúcho]], foi o Central, criado em 1914 por Joaquim Reichmann, o Quinta. O Cinema Central ficava na esquina das avenidas Brasil e Sete de Setembro, onde hoje está o Bella Città Shopping Center.
A '''Piscinas H. Egger Indústria e Comércio''', de propriedade do engenheiro Hanns Egger, foi uma famosa empresa de Porto Alegre-RS responsável pela construção das piscinas do Gaúcho. A criação de departamentos de piscinas em clubes sociais na década de 1960 fez a fama da H. Egger, que executou várias obras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de piscinas residenciais.


== Cine Coliseu ==
Os trabalhos aconteceram sob o comando do presidente alviverde {{João Maluli}}, um paulista que trabalhava com compra e venda de imóveis e chegara há poucos anos a Passo Fundo. Empreendedor e dinâmico, deu grande atenção a melhorias no patrimônio do clube. Lançou várias campanhas para compra de títulos patrimoniais e de novos associados para arrecadar o dinheiro necessário.
Em 6 de março de 1920, em um prédio no número 23 da Avenida General Neto, era inaugurado o '''Cinema e Teatro Coliseu América''', o '''Cine Coliseu''', de propriedade de Florencio Della Méa. O Coliseu se tornaria o mais famoso cinema de Passo Fundo até o surgimento do Cine Teatro Pampa, em 1962.


O Coliseu era marcado pelo glamour e pelo luxo. Chegou a ter capacidade para mil pessoas, divididas entre plateia (com cadeira de palha), frisa e camarotes mobiliados com cadeiras tipo austríacas. Na época do cinema mudo, o Coliseu tinha uma orquestra para "sonorizar" os filmes. Aproveitando-se do seu palco, promovia vários bailes, como o da posse de {{Nicolau Vergueiro (Nicolau Araújo Vergueiro)}} como intendente de Passo Fundo em 1920; e apresentações musicais ou de teatro, como a do tenor português José Osorio em outubro de 1921, uma promoção do [[Estrelário]] do {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}}; as de Ophelia Cezimbra e Olga Siqueira Pereira, ambas em 1926; ou as da Companhia de Comédias Jayme Costa e do violinista russo Yagudin, acompanhado ao piano por Noemy Sperry e Domethildes Macedo, em 1930. Ainda em 1930, em agosto, o Coliseu trouxe a Passo Fundo a Companhia Brasileira de Operetas Eugenio Noronha, que tinha entre outros nomes o tenor Pedro Celestino. Posteriormente, o Coliseu marcaria época com o Teatro de Revista e a vedete Virginia Lane, o ator Procópio Ferreira, o cantor/tenor Vicente Celestino e o "Rei da Voz", Francisco Alves.
Finalmente, no dia 18 de janeiro de 1964, era inaugurado o departamento de piscinas do Gaúcho, as primeiras em um clube social na cidade. O momento mais memorável da nova atração do clube aconteceu em dezembro de 1966, quando após a vitória sobre o Uruguaiana na final do Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, jogadores, diretores e torcedores comemoraram com mergulhos e saltos.
 
O cinema seria vendido a Ney de Lima Costa em 1922. Em janeiro de 1926, os frequentadores foram recebidos com a boa notícia de que o intendente Armando Annes havia liberado o fornecimento de energia elétrica na cidade aos domingos. Assim, era possível ligar os ventiladores e aplacar o calor dentro do prédio. No final de 1928, Ney de Lima Costa substituiria a orquestra pela eletrola, que era colocada na frente do palco, dentro de uma concha de cedro que amplificava a música. O Coliseu foi o primeiro cinema do Rio Grande do Sul a usar o aparelho. O filme escolhido para a estreia da novidade foi "O Grande Desfile" ("The Big Parade", filme norte-americano de 1925). Em 1930, Ney de Lima Costa repassou o cinema a [[João De Cesaro (Giovanni De Cesaro)|João De Cesaro]] e Arthur Pretto.
 
== Fechamento, reabertura, incêndio e fim ==
Em fevereiro de 1937, o Coliseu fechou as portas. A medida, segundo os donos, foi devida à elevação do imposto municipal de 5% para 12%, que obrigou o cinema a aumentar o valor da entrada e fez o movimento cair em torno de 40%. João De Cesaro e Angelo Pretto acabaram desfazendo a sociedade e a sala seria reaberta em março, agora pela empresa Angelo Pretto & Cia, formada ainda por Arthur Pretto e Ernesto Formigheri. Meses depois, o Coliseu passou por uma grande reforma, com a remodelação da fachada do prédio e a instalação de um sistema luminoso para a propaganda dos filmes em cartaz. O bar foi substituído por uma bombonière e a sala de espera ganhou um piso de mosaicos e novo mobiliário. A plateia ficou com capacidade para 700 pessoas. Os camarotes foram demolidos, dando lugar a uma sobreplateia com mais 300 lugares. O palco ficou maior e mais alto, foi melhorado o sistema de ventilação e as filas de poltronas aumentaram de duas para quatro. A reforma foi inaugurada em setembro, com o filme "Um Brinde ao Amor" ("Here's to Romance", filme norte-americano de 1935). Em janeiro de 1939, outra novidade: uma nova aparelhagem permitia a exibição de filmes em sessão contínua, sem intervalos.
 
Em 1948, um incêndio (tragédia comum em cinemas antigamente, devido às películas dos filmes serem altamente inflamáveis) destruiu o prédio do Coliseu. O cinema só seria reaberto em julho de 1951. Vendido para a empresa Cinemas Rossi, foi reinaugurado em março de 1953, agora com o nome de Cine Teatro Real, com o filme "É Fogo na Roupa", um musical carnavalesco de 1952 de produção nacional que tinha números musicais com Elizeth Cardoso, Emilinha Borba, Virgínia Lane e os artistas Ankito, Ivon Cury, Heloísa Helena, Adelaide Chiozzo, Antonio Spina e Bené Nunes.
 
O Cine Real ficaria em atividade até 1970 quando foi transformado em um banco.
 
O Cine Coliseu patrocinou duas competições amistosas: a [[Estatueta Cine Coliseu]], em 1920, e a [[Medalha Cine Coliseu]] em 1940.
[[Categoria:Personagens]]
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[[Categoria:Patrocinadores de torneios]]
[[Categoria:Patrocinadores de torneios]]


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