Campeonato Citadino
Informações
Organização 14 de Julho, Gaúcho, Associação
Passo-Fundense de Desportos
e Liga Passo-Fundense de Futebol
Período 1925-1978 (43 edições)
Sistema de disputa Variável
Jogos 263
Gols 1.116
Primeiro vencedor 14 de Julho
Atual vencedor 14 de Julho
Maior vencedor 14 de Julho e Gaúcho (16x)

O Campeonato Citadino de Passo Fundo foi a principal competição de clubes já disputada na cidade. Foram 43 edições entre 1925 e 1978, incluindo as épocas amadora e profissional. 14 de Julho e Gaúcho são os maiores campeões, com 16 títulos cada.

O futebol em Passo Fundo

O futebol começou a ser praticado em Passo Fundo na primeira metade da década de 1910. O registro dos primeiros clubes são de 1913, com o Foot Ball Club e o União. De durações efêmeras, muito pouco material histórico sobre os dois clubes sobreviveu. Os próximos registros de um clube em atividade no município são de 1917, com o Serrano sendo saudado nas páginas do jornal A Voz da Serra “por trazer de volta o ‘foot-ball’ a Passo Fundo”. Sem adversários na cidade, e com a dificuldade dos deslocamentos no início do século 20 na região, a saída para se manter em atividade era jogar “contra si mesmo”, ou seja, com a “equipe A” enfrentando a “equipe B”.

Gaúcho e Grêmio, o primeiro clássico

Com poucos meses de diferença, Passo Fundo via nascer dois clubes, o Gaúcho, em maio, e o Grêmio, em julho. Então, no domingo 21 de julho de 1918, os alviverdes do Gaúcho entravam em campo para enfrentar os alvirrubros do Grêmio, naquele que pode ter sido o primeiro confronto entre dois times da cidade. O Grêmio se saiu melhor e venceu por 2 a 1. Os dois clubes voltariam a se enfrentar mais vezes, como nos torneios amistosos Estatueta Cine Coliseu, Medalha de Ouro Café Avenida e Medalha de Prata Livraria A Minerva. Três anos depois, em 1921, o Grêmio chegaria ao fim, dando origem ao 14 de Julho e àquela que ainda é a maior rivalidade do futebol passo-fundense, o clássico "Ga-Quá".

Sem representação no Campeonato Gaúcho

Enquanto isso, em 1919, começava a ser disputado o primeiro campeonato estadual. Pela inclusão de clubes de todo o Rio Grande do Sul, o Campeonato Gaúcho manteve até 1960 a disputa de fases preliminares, em que participavam os campeões de cada município, divididos em eliminatórias regionais e zonais. Somente o campeão de cada zona se classificava para as finais do campeonato. Ou seja, para participar do campeonato estadual, era preciso primeiro ser o melhor da cidade.

Entre 1919 e 1922, Passo Fundo não indicou representantes para o Campeonato Gaúcho. A competição parou em 1923 e 1924 devido à Revolução Federalista. Em 1925, pela primeira vez, a cidade faria sua estreia na competição, com o 14 de Julho. Foi o único título disputado antes da criação da primeira associação reunindo clubes de futebol na cidade.

A primeira associação

A Associação Passo-Fundense de Desportos foi fundada em 28 de junho de 1926 pelos três clubes da cidade: Gaúcho, 14 de Julho e Rio Grandense, time criado um ano antes pelos ferroviários. A primeira diretoria era formada por João Junqueira da Rocha, presidente; Alberto Morsch, vice-presidente; José Escobar, 1º secretário; Alfredo Loureiro, 2º secretário; e Franklin Silva, tesoureiro. Em 11 de agosto, a APFD foi reconhecida pela Federação Rio-Grandense de Desportos como afiliada e entidade apta a indicar seu campeão como representante local no Campeonato Gaúcho.

O primeiro campeonato da APFD teve início cerca de três meses depois. E foi emocionante. O Gaúcho precisava vencer sua última partida para não ver o 14 de Julho levantar a taça por antecipação. Ganhou do Rio Grandense e forçou a realização de um jogo extra, onde goleou os rivais colorados por 4 a 1. Campeão citadino, o Gaúcho estreava no campeonato estadual, sendo eliminado na decisão da Zona da Serra. A Associação Passo-Fundense de Desportos entrou em decadência no ano seguinte, com a desfiliação do 14 de Julho e a desistência do Rio Grandense. Para ter um jogo valendo pelo título municipal, acabou-se por convidar o América de Carazinho. Apenas uma formalidade. O Gaúcho venceu os visitantes por 9 a 1.

Em 1928, ainda com o 14 de Julho fora da APFD, convidou-se novamente o América, que se juntaria a Gaúcho e Rio Grandense. Mas o campeonato deste ano não chegou ao fim. Em um jogo marcado para o dia 29 de agosto, o time do Rio Grandense foi surpreendido ao chegar para a partida que deveria acontecer na Cancha do Gaúcho e encontrar ninguém. Nem os carazinhenses, nem o árbitro, nem representante da APFD apareceram. E assim o Rio Grandense decidiu também se desfiliar. O Gaúcho acabaria levantando sua terceira taça.

O Campeonato Citadino seria finalmente interrompido pela falta de filiados. Em 1929, todos os clubes estavam fechados, reflexo da crise econômica da época.

Campeões sem jogar

Somente em 1930 o futebol voltou aos gramados de Passo Fundo. Mas apenas com o 14 de Julho. O clube abriu a temporada no dia 16 de março e pôde ser considerado campeão da cidade sem entrar em campo, enquanto o Gaúcho ainda procurava se reerguer dos anos sem jogar bola. Como a FRGD não conseguiu organizar o campeonato estadual, o 14 se inscreveu na Federação Atlética Gaúcha de Esportes Terrestres (Faget), que promoveu a competição nos mesmos formatos. A Faget era uma organização dissidente do futebol gaúcho.

Foi, até então, a melhor campanha de um passo-fundense no Campeonato Gaúcho. Na fase regional, os rubros passaram pelo Floresta e pelo Militar de Santa Maria, classificando-se para as finais em Porto Alegre. Devido à Revolução de 1930, a fase final foi disputada somente em março de 1931. O 14 perdeu para o Guarany de Alegrete por 3 a 2. Cinco dias depois, o jogo foi anulado ao se descobrirem irregularidades nas inscrições de jogadores dos dois clubes. Tanto o 14 de Julho quanto o Guarany foram eliminados do campeonato.

Depois de uma nova pausa, o futebol de Passo Fundo só voltaria a ter um campeão em 1935. O Rio Grandense, agora único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado campeão no dia 25 de junho por uma circular da FRGD que o apontava como representante local na 8ª Região da fase preliminar do Campeonato Gaúcho, ao lado do Riograndense de Cruz Alta, Glória de Carazinho e 19 de Outubro de Ijuí. O time não conseguiu passar às finais.

Em 1936, surgia uma nova força, o Cruzeiro, equipe formada exclusivamente por integrantes da Brigada Militar na cidade. Por duas vezes, o clube também foi declarado campeão sem jogar, em sessões administrativas da FRGD em Porto Alegre. Em ambas as oportunidades, parou nas fases regionais, perdendo para o Riograndense de Santa Maria. O Cruzeiro ficou quase três anos sem perder, desde a fundação, em 1931, até 1934, quando acabou surpreendido pelos carazinhenses do Veterano por 9 a 3 em um amistoso. O Cruzeiro pediu revanche e acabou devolvendo a goleada: 8 a 0 e em Carazinho. O time dos militares só não chegou ao tricampeonato municipal porque em 1938 foi obrigado a pedir seu afastamento da Federação devido à criação da Liga de Esportes da Brigada Militar. Sem clubes em atividade, ninguém representou Passo Fundo no Campeonato Gaúcho.

Os primeiros passos pela liga

Ainda em 1936, o advogado e então professor do Instituto Gymnasial (hoje Instituto Educacional) Celso Fiori e o diretor esportivo da escola, Sabino Santos, tentaram criar a Liga Athlética Passofundense, que administraria competições de “tennis, foot-ball, volley-ball e basket”, conforme a grafia da época. Não deu certo. Mas as boas atuações do Cruzeiro nas fases regionais do campeonato estadual despertaram o interesse por se saber novamente quem era o melhor time da cidade no futebol.

A ideia da criação de uma nova liga ganhou força durante todo o ano de 1938. A intenção era contar com a presença do Rio Grandense, do Samriban (formado por funcionários da Samrig, a Moinhos Rio-Grandenses, e bancários) e do 3º Regimento de Cavalaria, nova denominação do Cruzeiro.

A liga não saiu, mas no início de 1939 a Casa Rádio, um dos principais estabelecimentos comerciais da época na cidade, decidiu organizar um campeonato extraoficialmente, que foi chamado de Campeonato da Cidade. Foram convidados o Gaúcho, o Rio Grandense e o 3º Regimento de Cavalaria. As equipes rapidamente concordaram em participar. A disputa deveria ser no sistema turno e returno e começar no final de fevereiro, mas acabou sendo adiada quando o Gaúcho criou um impasse quanto à inscrição de jogadores. Como os outros clubes não concordaram com os pedidos do time do Boqueirão, os alviverdes não disputaram a taça. O título acabou decidido numa melhor de três partidas. Os militares do 3º Regimento levaram a melhor, vencendo os dois primeiros jogos, disputados nos dias 16 e 23 de abril (4 a 1 e 5 a 2), e ficando com a taça, um troféu de prata.

Mas o Gaúcho, como único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado oficialmente campeão em 1939, mesmo sem jogar. No campeonato estadual, conseguiu a melhor participação de uma equipe passo-fundense, superando a façanha do 14 de Julho em 1930. Nas fases preliminares despachou o Riograndense de Cruz Alta em uma epopeia de quatro jogos e o Riograndense de Santa Maria em pleno Estádio dos Eucaliptos. Na fase final, vitória épica por 4 a 3 sobre o Bagé e uma dolorosa derrota, de virada, por 2 a 1 para o Grêmio de Santana do Livramento no campo do 14 de Julho, o Estádio da Vila Cruzeiro. Esse jogo tirou os alviverdes da disputa do título estadual contra o Rio-Grandense de Rio Grande, mas garantiu a terceira colocação no Campeonato Gaúcho.

A rivalidade voltaria com força total no dia 24 de dezembro daquele mesmo ano. O 14 de Julho, outra vez em atividade, e empolgado com a campanha do rival, desafiou o Gaúcho. Queria mostrar que mandava na cidade mesmo depois de anos parado. Perdeu por 4 a 1.

O renascimento do futebol local

Depois do jogo no final de 1939 entre os dois eternos rivais, a criação da liga era agora questão de tempo. De correr contra o tempo. Se Passo Fundo quisesse ter um representante no Campeonato Gaúcho de 1940, precisaria fundar uma associação com os clubes locais até o dia 30 de abril. De acordo com os estatutos da FRGD, era essa a data final para o registro de jogadores. Caso houvesse mais de dois clubes numa mesma cidade, era obrigatório que se formasse uma liga ou associação para dirigir o campeonato local, sendo o representante definido pelo resultado do campeonato municipal, que deveria acontecer até setembro. Com a confirmação da inscrição do Gaúcho, Rio Grandense e 14 de Julho, obrigou-se a criação de uma liga.

A reunião da criação da Liga Passo-Fundense de Desportos (LPD) foi no Clube Caixeiral, no dia 8 de maio, depois de negociada uma prorrogação no prazo de inscrições com a FRGD. Estavam presentes Alberto Morsch, Celso Fiori, Harry Becker, Daniel Dipp, Diogo Ribeiro, Nadir Leite, João Cúrio de Carvalho e Juvenal da Luz. Até a eleição da diretoria, marcada para o dia 12, foi eleita uma comissão para dirigi-la interinamente, com Morsch como presidente, Dipp como secretário e Fiori responsável pela elaboração dos estatutos.

A primeira diretoria da Liga teria como presidente eleito, no dia 12, Celso Fiori (14 de Julho); vice-presidente Alberto Morsch (Gaúcho); 1º secretário Brasilino Costa (Rio Grandense); 2º secretário Daniel Dipp (Gaúcho); 1º tesoureiro Maggi De Cesaro (14 de Julho); 2º tesoureiro Francisco Cerati (Rio Grandense); e como conselheiros fiscais Frederico Graeff Filho (Gaúcho), Miguel Sebastiá (Rio Grandense) e Dionísio Langaro (14 de Julho).

Para a sede da Liga foi alugada uma sala na Rua Moron, no centro. O prefeito Arthur Ferreira Filho ofereceu um auxílio para a instalação da entidade, contribuindo com um conto de réis. No dia 10 de junho eram eleitos os primeiros juízes da LPD: Dorival Godoy, Honorino Malheiros, John Mac Ginity, Marcolino Bittencourt (Rádio), Harry Becker, Saint Clair Dalfollo, João Bauer Nogueira, Adolfo Stein e Olavo Hahn.

Celso Fiori, o primeiro presidente da Liga

Um dos grandes nomes do futebol passo-fundense, o advogado Celso da Cunha Fiori nasceu em 19 de julho de 1905, em Pelotas. Viveu alguns anos em Porto Alegre, onde foi jogador do extinto Fuss-Ball Club Porto Alegre, o primeiro clube da capital a jogar em Passo Fundo, em julho de 1926. No ano seguinte se transferiu para a cidade, onde foi professor de Língua Portuguesa e Latim no Instituto Gymnasial. Em 1927 (e também em 1929 e 1939), entrou em campo pelo 14 na função de centromédio ou meia-direita.

Sempre ligado ao futebol, Fiori foi presidente do 14 de Julho em 1939, 1949 e 1957. O nome do advogado batizou a Baixada Rubra, antigo estádio do clube às margens do Rio Passo Fundo, onde hoje é a estação rodoviária. Ainda, foi imortalizado como patrono colorado.

Em 1965, no jantar de comemoração dos 25 anos da fundação da então Liga Passo-Fundense de Futebol no restaurante Maracanã, Fiori relembrou de uma iniciativa que quase interrompeu o Campeonato Citadino. Sempre preocupado com a educação, exigiu que todo atleta que disputasse os jogos da competição deveria ser alfabetizado. O problema é que grande parte dos jogadores não conseguia nem mesmo assinar o próprio nome. Pressionado pelas diretorias dos clubes, Fiori decidiu contratar uma professora de Língua Portuguesa e fundou uma escola noturna que passou a ser frequentada por todos os jogadores analfabetos.

Fiori também ajudou a fundar o Grêmio Passo-Fundense de Letras e a Universidade de Passo Fundo, onde lecionou na faculdade de Direito. Empreendedor, participou do grupo que construiu o Turis Hotel e o antigo Cine-Teatro Pampa e trouxe a primeira repetidora de televisão para a cidade, a TV Piratini, entre outros pioneirismos. Ele morreu aos 85 anos, em 2 de outubro de 1990, em Passo Fundo.

A dinastia ferroviária

Ainda em 1940 a LPD romperia com a FRGD. A Federação escolheu Santa Maria como sede do jogo decisivo que valeria uma vaga na fase final do Campeonato Gaúcho entre o Rio Grandense, campeão local, e o Riograndense de Santa Maria. A Liga se recusou a jogar no centro do estado. Baseava seus argumentos no fato de o Gaúcho ter sido campeão regional em 1939 e que por isso o jogo decisivo deveria ser em Passo Fundo. O presidente da LPD, Celso Fiori, tentou convencer os dirigentes da Federação a rever a decisão. Nada feito. O Rio Grandense, que já havia despachado a Escola de Comércio de Carazinho na fase anterior, acabou desistindo, com o aval de todos os clubes da LPD, dando a vaga para o time de Santa Maria. Os clubes passo-fundenses também pediram desligamento da FRGD, criando uma tensão superada tempos depois.

Os quatro títulos do Rio Grandense nos primeiros cinco anos mostram quem foi a primeira força a se destacar no Campeonato Citadino. O time dos ferroviários começou com um tricampeonato (1940, 1941, 1942), para ser vice em 1943 e novamente levantar a taça em 1944.

O primeiro campeonato chegou com uma vitória por 3 a 2 contra o Gaúcho. A segunda conquista, em 1941, foi mais difícil. Ao fim dos três turnos (houve um turno com jogos em campo neutro), 14 de Julho, Rio Grandense e Gaúcho estavam empatados com seis pontos. Na primeira rodada extra o Gaúcho foi goleado por 5 a 0 pelo Rio Grandense. Neste jogo o ferrinho marcou três vezes em cinco minutos, levando os jogadores do Gaúcho ao desespero. Nino, um dos atacantes do alviverde, acabou expulso. Revoltado, voltou ao campo para “elogiar” o árbitro José Bienhachewsky. Pela atitude, Nino acabou suspenso por três partidas. O Gaúcho considerou a decisão um absurdo e desistiu do campeonato.

Como a Liga não mudou sua posição, o Gaúcho entrou com um pedido de desfiliação, exigindo o cancelamento da suspensão de Nino e a substituição de toda a diretoria da LPD. O 14 de Julho e o Rio Grandense não concordaram com o alviverde, que reiterou seu pedido e se considerou desligado da Liga. A LPD mais uma vez decidiu manter sua diretoria e a pena de Nino. O caso só foi ser resolvido quase dois meses depois, com uma nova diretoria eleita para acalmar os ânimos dos dirigentes do Gaúcho. Dentro de campo, o Rio Grandense despachou o 14 na final disputada em uma melhor de três jogos. Na partida decisiva, vitória por 6 a 0 e um show do atacante Celio Barbosa, autor de três gols.

O título de 1942 precisou ser decidido em quatro jogos extras. Finalmente, o Rio Grandense venceu mais uma vez o 14 de Julho, desta vez por 2 a 0, gols de Jamegão e Marcondes. Em 1944, a conquista chegou de uma maneira menos nobre. Sem chances na competição, o Independente entregou os pontos do último jogo, garantindo mais uma vitória dos ferroviários. Nesses primeiros cinco anos, o Rio Grandense venceu 22 e empatou 4 dos seus 34 jogos (um aproveitamento de 71% dos pontos), marcando 107 gols, uma média superior a 3 por partida. O clube nunca mais conquistaria um campeonato da cidade.

A vez dos pequenos

Com o futebol ganhando cada vez mais espaço na vida social dos passo-fundenses, em 1942 era criada a Liga do Futebol Menor. Na noite do dia 23 de setembro, numa reunião no Hotel Avenida, representantes dos quatro clubes da cidade considerados “menores” (Avenida, Cruzeiro, União e Independente - equipe do colégio Conceição) fundaram sua associação.

A primeira diretoria teve como presidente Eduardo Barreiro; vice-presidente Luiz Vanzo; 1º secretário Arnaldo Dall'Agnol; 2º secretário Narciso Feijó; 1º tesoureiro Alberto Silva; 2º tesoureiro Amilcar Rostro; e, como conselheiros fiscais, Jorge Corrêa, Alceu Ortiz, Telmo Lago e Ernesto Scortegagna. O representante junto à imprensa era Antão Franquini.

Em 1951, alguns clubes tentaram se filiar à Liga, mas foram impedidos. O parágrafo único do artigo oitavo dos estatutos da LPF dizia que “a Liga somente poderá possuir como filiados, na categoria principal, e na de aspirantes, o mínimo de três e o máximo de cinco clubes, os quais poderão ter seus departamentos juvenis; na categoria de varzeanos, o número será ilimitado". Naquela época, faziam parte da Liga 14 de Julho, Atlético, Gaúcho, Independente e Rio Grandense.

O fim do jejum alviverde

Sem vencer um Citadino dentro de campo desde 1928, o Gaúcho decidiu investir grande para sair da fila. Ainda assim, não foi fácil. O mítico time do Rio Grandense era praticamente imbatível nos momentos decisivos do campeonato durante cinco anos. O título viria em 1947, não fosse uma confusão administrativa do alviverde.

No jogo final, o time venceu o 14 de Julho por 2 a 1, mas os colorados protestaram alegando que o Gaúcho havia inscrito seis jogadores profissionais no time, infringindo o artigo 67º do Regulamento Geral da Federação Rio-Grandense de Futebol que limitava em cinco o número de jogadores não amadores permitidos. O Tribunal de Justiça Desportiva da FRGF deu a vitória ao 14 de Julho por três votos a dois. O Gaúcho apelou e acabou perdendo mais uma vez, agora por cinco votos a zero. Com a decisão, o 14 de Julho foi declarado campeão. O Gaúcho ainda propôs ao 14 a realização de uma nova partida, o que os rubros recusaram.

A resposta veio com o tricampeonato em 1948, 1949 e 1950. Em 1949, o time foi quase perfeito, fazendo duas das três maiores goleadas da história da competição: 8 a 0 no Rio Grandense e 7 a 0 no Independente, além de uma saborosa vitória sobre o 14 de Julho por 2 a 0 na rodada final.

A Junta Disciplinar

A criação da Junta Disciplinar Desportiva da Liga Passo-Fundense de Futebol foi determinada pela FRGF com base no Código Brasileiro de Futebol para aplicação dos regulamentos e, principalmente, punição de jogadores violentos e desleais. Os “olheiros” da Junta Disciplinar acompanhariam cada jogo do Campeonato Citadino, apresentando seus relatórios ao tribunal. Eles seriam responsáveis por apontar todas as faltas da partida, mesmo aquelas não marcadas pelo árbitro. Os relatórios seriam apresentados aos juízes, que em reuniões semanais tomariam as decisões. Os atletas denunciados teriam direito à defesa. A primeira Junta tinha quatro juízes da comarca de Passo Fundo, que não estavam ligados a nenhum dos clubes.

A reunião da criação da JDD teve a presença dos presidentes do 14 de Julho, Celso Fiori; Franklin Mäder, do Gaúcho; Hugo Lisboa, do Independente; e Eurico Soares, do Rio Grandense. Os juízes da primeira diretoria eram Oscar Cardoso Kramer, como presidente; vice-presidente Arthur Oscar Germany; e como titulares Isaac Soibelmann Melzer e João Bigóis. O cargo de auditor ficou com o promotor público Jorge Fonseca Wiedmann e o de secretário com Mayno de Carvalho Nobre (escrivão do Cartório de Órfãos e Ausentes).

Pelos clubes, os delegados eram Gelso Ribeiro, Verdi De Cesaro, Herminio Tagliari e Ary Silveira Castro (14 de Julho); Harry Becker, Paulo Loureiro Azambuja, Antonio Augusto Corrêa e Armando Heineck (Gaúcho); Delmar Sittoni, Avas, Eduardo Barreiro e Otacilio Medeiros (Independente); e Leonel Ramos da Silva, Antenor da Costa Mendes, João Zacarias Martins e João Bauer Nogueira (Rio Grandense).

A Junta durou seis dias. Em uma reunião da Liga, os clubes decidiram indicar Pedro Avancini para a presidência da JDD, porque Kramer não teria aceitado o cargo. Depois de muita confusão, ofícios para a Federação e mal entendidos, Oscar Kramer disse que não poderia mais ser presidente porque agora, para a FRGF, quem mandava era Avancini. Os demais integrantes da Junta saíram com Kramer, enquanto Avancini não quis assumir porque disse que isso seria uma descortesia.

O único título no último minuto

Menos de dois anos. Foi o tempo que o Atlético precisou esperar desde a fundação para ganhar seu primeiro, e último, título do Citadino. Criado por jogadores e torcedores dissidentes do 14 de Julho e do Gaúcho em 1949, o Atlético chegou ao auge em 1951.

Venceu os quatro jogos do primeiro turno do Citadino: 3 a 2 no 14 de Julho, 2 a 1 contra o Gaúcho, 2 a 0 sobre o Independente e 3 a 1 no Rio Grandense. A torcida já contava com o título ganho por antecipação, mas o segundo turno foi bem diferente. O Atlético perdeu para o 14 de Julho (0 a 2), venceu novamente o Gaúcho (2 a 1), mas voltou a perder, agora para o Independente (1 a 3). O time chegou à última rodada um ponto atrás do 14. Precisava vencer o Rio Grandense e torcer por um empate ou derrota dos colorados contra o Gaúcho. Deu tudo certo. Num jogo emocionante, o Atlético superou o Rio Grandense por 5 a 4, enquanto o 14 de julho ficou no empate (1 a 1).

A decisão foi para um jogo extra, disputado no Estádio Celso Fiori, a Baixada Rubra. Mesmo enfrentando a pressão da torcida dos donos da casa, o Atlético abriu o placar com Carlitos. Celio Barbosa empatou ainda no primeiro tempo. A partida foi para a prorrogação. Se houvesse novo empate, seria marcado outro jogo. Mas aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação outro gol de Carlitos garantiria a vitória do Atlético.

Empolgados, os atleticanos foram para a fase regional do Campeonato Gaúcho, onde passaram pelo Lutador de Estação Getúlio Vargas por 3 a 2 na estreia. Na partida seguinte, que marcaria a inauguração do Estádio Victório Verardi na Vila Exposição (onde hoje existe uma fábrica de plantadeiras e semeadeiras), uma inesperada e arrasadora goleada para o Ypiranga de Erechim: 7 a 0. O Atlético até goleou o Lutador no jogo de volta (6 a 0), mas acabou desistindo do campeonato antes da segunda partida contra o Ypiranga.

E, menos de dois anos depois, o Atlético era obrigado a fechar as portas por falta de dinheiro.

O fim da época dourada

Em 1952 o Campeonato Citadino começou a se esvaziar. Com o 14 de Julho profissionalizado, disputando o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, o clube foi representado pela sua equipe de aspirantes. Depois de ser goleado duas vezes, os dirigentes do 14 decidiram abandonar a competição. O Gaúcho também acabou desistindo no segundo turno.

Finalmente, em 1953, o Citadino que já não tinha o 14 de Julho, ainda viu o Atlético encerrar suas atividades durante a competição. Na final, a goleada do Independente por 4 a 1 sobre o Gaúcho, com três gols de Plinio Rosseto e um de Pepino, foi o último jogo daquela que pode ser considerada a época de ouro do Campeonato Citadino de Passo Fundo.

A dinastia rubra

Embora o Campeonato Citadino continuasse em sua categoria amadora, com Independente e Rio Grandense na briga pelo título, e depois com a criação de outros times de bairros, passaram a valer mesmo os jogos entre 14 de Julho e Gaúcho. Os dois times, já profissionais, enfrentavam-se pela fase regional do Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão. Essas partidas também serviam para apontar o campeão da cidade.

Melhor estruturado, o 14 de Julho venceu oito títulos na sequência (dois deles de edições extras do campeonato, disputadas em 1958 e 1959 com o Gaúcho, os amadores do Independente e do Rio Grandense e o Grêmio Marau, convidado a fazer parte da Liga em 1956). Em 1957, ano do centenário do município, o 14 de Julho venceu os dois jogos, incluindo uma goleada por 4 a 1 em pleno estádio alviverde. A vitória ficou eternizada em um verso do hino do clube.

O Gaúcho bem que tentou quebrar a hegemonia rubra em 1959 e forçou uma “superdecisão” com dois jogos extras. Em vão. Outra festa do 14, depois de golear o tradicional adversário por 5 a 2 e 5 a 1.

A dinastia alviverde

Cansado de perder, o Gaúcho se reforçou e conseguiu acabar com a rotina rubra de levantar a taça do Citadino. Venceu a edição de 1961 com uma festa inesquecível. Depois de ganhar a decisão no Estádio Celso Fiori, jogadores e torcedores resolveram comemorar com o patrono Wolmar Salton na casa dele, que ficava próximo ao estádio. Alguns torcedores chegaram com fogos de artifício para animar ainda mais a festa. Foi quando a esposa de Salton, dona Irma, pediu que os foguetes não fossem usados, para que “se respeitasse a dor dos derrotados”.

Em 1962, o título voltaria às mãos do 14 em um jogo extra disputado no Estádio Tingaúna. Um novo empate em pontos levava a decisão de 1963 para outro jogo extra, que desta vez não aconteceu. O 14 de Julho decidiu entregar os pontos para o Gaúcho. Em 1964, outro empate entre as duas equipes. Desta vez, faltaram datas para os jogos. O 14 havia vencido a fase regional, disputava um lugar na 1ª Divisão e não tinha quando jogar.

Mas não foi só isso. Antes, os rubros já tinham pedido a anulação do segundo jogo contra o Gaúcho, o último pela primeira fase do campeonato, com vitória alviverde por 1 a 0. A alegação era um suposto suborno recebido pelo árbitro João Carlos Ferrari. O acusado era Tarzã Nummer, que teria feito o pagamento em nome de Oscar Abaal, presidente do Ypiranga de Erechim, que precisava de uma derrota do 14. Abaal acabou absolvido da acusação em julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva por falta de provas. Além disso, o representante da FRGF no jogo, Sérgio Osorio, considerara normal a atuação de Ferrari. O presidente do Gaúcho, João Maluli, disse também que um “bicho” de 750 mil cruzeiros que o time de Erechim teria oferecido pela vitória alviverde nunca fora pago e que inclusive estava torcendo pelo 14 de Julho na decisão regional (vencida pelos colorados por 1 a 0).

A Liga procurou marcar o jogo decisivo pelo Citadino, mas a primeira tentativa foi atrapalhada pela requisição do Estádio Celso Fiori para um jogo pelo Campeonato Gaúcho Amador. Além disso, o ano estava chegando ao fim, e o Código Brasileiro de Futebol previa que os atletas teriam que entrar em férias a partir de 15 de dezembro. Realizar a decisão no início de 1965 também traria alguns problemas administrativos para a Liga.

Finalmente, quando surgiu uma data disponível, no dia 22 de novembro, o jogo não pôde ser realizado por um pedido do padre Humberto Lucca, que temia um esvaziamento da festa da paróquia Santa Terezinha com o clássico. Os jornais da cidade não falam o que aconteceu. Mas jogadores, técnicos, dirigentes e jornalistas entrevistados ao longo de vários anos durante as pesquisas para o livro Os Donos da Bola - O Campeonato Citadino de Futebol de Passo Fundo disseram que o Gaúcho ficou com a taça.

As confusões parariam em 1965, quando o Gaúcho começou a formar aquela que é considerada sua melhor equipe profissional e que ficou 30 jogos invicta (perdeu justamente na final da 2ª Divisão estadual para o Rio-Grandense de Rio Grande).

Em 1966, dois jogos épicos. Em ambos o Gaúcho marcou primeiro, sofreu a virada, mas passou novamente à frente para vencer por 3 a 2. Neste ano o alviverde ganhou o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, o que lhe garantiu os títulos de 1967 e 1968 mesmo sem jogar, já que era o único da cidade na divisão principal. Em 1968 foi a vez do 14 de Julho vencer a “Segundona”. No ano seguinte, quando os dois se enfrentaram pela primeira vez pela 1ª Divisão, o Gaúcho perdeu o título porque se negou a entrar em campo para um jogo extra, alegando dificuldades para compor o time (o intervalo entre seus dois últimos jogos pelo Gauchão havia sido de dois meses) e acabou vendo o 14 vencer por decisão da Junta Disciplinar da LPF. O título foi recuperado no ano seguinte.

Em busca de dinheiro

Oito anos depois, no final de 1978, Gaúcho e 14 de Julho voltaram a se enfrentar pelo título citadino. Desta vez a competição não foi patrocinada pela Liga, mas pelos clubes, que decidiram marcar duas partidas para ver quem era o melhor (e também para tentar arrecadar dinheiro para manter os times em atividade). Os jogos não atraíram um grande público. O 14 venceu o primeiro clássico no Estádio Vermelhão da Serra por 2 a 0 e garantiu o empate por 1 a 1 no Estádio Wolmar Salton, naquele que foi o último título citadino do futebol passo-fundense.

Lista de campeões

Ed. Ano Campeão Vice-campeão Final
1925 14 de Julho Gaúcho 2-0, 2-1
1926 Gaúcho 14 de Julho 4-1
1927 Gaúcho América de Carazinho 9-1
1928 Gaúcho Não houve -
1930 14 de Julho Não houve -
1935 Rio Grandense Não houve -
1936 Cruzeiro Não houve -
1937 Cruzeiro Não houve -
1939 Gaúcho Não houve -
10ª 1940 Rio Grandense Gaúcho -
11ª 1941 Rio Grandense 14 de Julho 4-3, 3-5, 6-0
12ª 1942 Rio Grandense 14 de Julho 2-2, 3-1, 0-1, 2-0
13ª 1943 14 de Julho Rio Grandense -
14ª 1944 Rio Grandense 14 de Julho e Gaúcho -
15ª 1945 14 de Julho Independente -
16ª 1946 Independente 14 de Julho -
17ª 1947 14 de Julho Gaúcho -
18ª 1948 Gaúcho Independente -
19ª 1949 Gaúcho Independente -
20ª 1950 Gaúcho Atlético -
21ª 1951 Atlético 14 de Julho 2-1
22ª 1952 Independente Atlético e Rio Grandense -
23ª 1953 Independente Rio Grandense -
24ª 1954 Gaúcho 14 de Julho 3-2, 6-3
25ª 1955 14 de Julho Não houve -
26ª 1956 14 de Julho Gaúcho 1-0, 2-4, WO-0
27ª 1957 14 de Julho Gaúcho 4-1, 1-0
28ª 1958-E 14 de Julho Independente -
29ª 1958 14 de Julho Gaúcho 1-1, 4-2
30ª 1959-E 14 de Julho Gaúcho -
31ª 1959 14 de Julho Gaúcho 2-2, 0-0, 5-2, 5-1
32ª 1960 14 de Julho Gaúcho 3-1, 1-1
33ª 1961 Gaúcho 14 de Julho 1-0, 2-0
34ª 1962 14 de Julho Gaúcho 2-0
35ª 1963 Gaúcho 14 de Julho WO-0
36ª 1964 Gaúcho 14 de Julho WO-0
37ª 1965 Gaúcho 14 de Julho -
38ª 1966 Gaúcho 14 de Julho 3-2, 3-2
39ª 1967 Gaúcho Não houve -
40ª 1968 Gaúcho Não houve -
41ª 1969 14 de Julho Gaúcho 1-1, 0-0, WO-0
42ª 1970 Gaúcho 14 de Julho 1-1, 2-1
43ª 1978 14 de Julho Gaúcho 2-0, 1-1

**1926: Título disputado em pontos corridos. Com o empate entre Gaúcho e 14 de Julho, foi preciso disputar um jogo extra.

*1928: As outras equipes desistiram.

*1930: Único clube da cidade inscrito na Federação Atlética Gaúcha de Esportes Terrestres, foi declarado campeão.

*1935: Único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado campeão.

*1936: Único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado campeão.

*1937: Único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado campeão.

*1939: Único clube da cidade filiado à Federação Rio-Grandense de Desportos, foi declarado campeão.

*1940: Título disputado em pontos corridos.

*1941: Título disputado em pontos corridos, mas se precisou um turno extra e depois mais três jogos extras para definir o campeão.

*1942: Título disputado em pontos corridos, mas se precisou de quatro jogos extras para definir o campeão.

*1943: Título disputado em pontos corridos.

*1944: Título disputado em pontos corridos. 14 de Julho e Gaúcho, empatados em pontos, deveriam disputar um jogo extra para se apontar o vice-campeão, mas a partida não aconteceu.

*1945: Título disputado em pontos corridos.

*1946: Título disputado em pontos corridos.

*1947: Título disputado em pontos corridos.

*1948: Título disputado em pontos corridos.

*1949: Título disputado em pontos corridos.

*1950: Título disputado em pontos corridos.

*1951: Título disputado em pontos corridos, mas se precisou de um jogo extra para definir o campeão. No tempo normal, 1 a 1. Na prorrogação, Atlético 1 a 0.

*1952: Título disputado em pontos corridos.

*1953: Título disputado em pontos corridos.

*1954: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão.

*1955: Único clube da cidade participando do campeonato estadual, o 14 de Julho foi declarado campeão.

*1956: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão. Com o empate em pontos, foi preciso disputar um jogo extra. O Gaúcho desistiu.

*1957: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão.

*1958-E: Edição extra da competição. Título disputado em pontos corridos.

*1958: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão.

*1959-E: Edição extra da competição. Título disputado em pontos corridos.

*1959: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão. Com o empate em pontos, foi preciso disputar dois jogos extras, chamados de “Supercampeonato”.

*1960: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão.

*1961: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão.

*1962: Título disputado em pontos corridos, mas se precisou de um jogo extra para definir o campeão.

*1963: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, mas se precisou de um jogo extra para definir o campeão. O 14 de Julho desistiu.

*1964: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, mas se precisou de um jogo extra para definir o campeão. O 14 de Julho desistiu.

*1965: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão, envolvendo também o Rio Grandense.

*1967: O Gaúcho foi considerado campeão da cidade porque era o único clube de Passo Fundo disputando o Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão.

*1968: O Gaúcho foi considerado campeão da cidade porque era o único clube de Passo Fundo disputando o Campeonato Gaúcho da 1ª Divisão.

*1969: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho, mas se precisou de um jogo extra para definir o campeão. O Gaúcho desistiu.

*1970: Jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho.


Títulos

Equipe Títulos Anos
14 de Julho 16 1925, 1930, 1943, 1945, 1947, 1955, 1956, 1957, 1958, 1958-E, 1959, 1959-E, 1960, 1962, 1969, 1978
Gaúcho 16 1926, 1927, 1928, 1939, 1948, 1949, 1950, 1954, 1961, 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1970
Rio Grandense 5 1935, 1940, 1941, 1942, 1944
Independente 3 1946, 1952, 1953
Cruzeiro 2 1936, 1937
Atlético 1 1951

*1958-E: Edição extra da competição.

*1959-E: Edição extra da competição.

Lista de goleadores

Ano Gols Jogador Equipe
1925 - Não disponível
1926 - Não disponível
1927 - Não disponível
1928 - Não disponível
1930 - Não houve
1935 - Não houve
1936 - Não houve
1937 - Não houve
1939 - Não houve
1940 7 Celio Barbosa Rio Grandense
1941 15 Miléo 14 de Julho
1942 - Não disponível
1943 6 Micuim Gaúcho
1944 7 Amado 14 de Julho
1945 6 Aita Independente
1946 - Não disponível
1947 5 Celio Barbosa 14 de Julho
1948 3 Chinês Gaúcho
Labarte Gaúcho
Tubino Gaúcho
1949 - Não disponível
1950 8 Nery Atlético
1951 7 Sebo Atlético
1952 8 Plinio Rosseto Independente
1953 8 Plinio Rosseto Independente
1954 4 Arcy Gaúcho
1955 - Não houve
1956 2 Itamar Gaúcho
1957 2 Gringo 14 de Julho
1958-E - Não disponível
1958 2 Armando Rebechi 14 de Julho
Hélio 14 de Julho
Itamar Gaúcho
1959-E - Não disponível
1959 3 Calé 14 de Julho
1960 2 Meca 14 de Julho
1961 3 Montezzana Gaúcho
1962 - Não disponível
1963 4 Meca Gaúcho
1964 4 Armando Rebechi 14 de Julho
1965 6 Naninho 14 de Julho
1966 2 Bebeto 14 de Julho
1967 - Não houve
1968 - Não houve
1969 1 Marciano Gaúcho
Mariotii 14 de Julho
1970 3 Rubens Gaúcho
1978 2 Soares 14 de Julho

*1958-E: Edição extra da competição.

*1959-E: Edição extra da competição.