Victor Graeff (Victor Oscar Graeff)
Victor Oscar Graeff, também conhecido como Victor Graeff (Não-Me-Toque-RS, 28 de julho de 1906 — Porto Alegre-RS, 28 de março de 1965), foi prefeito de Passo Fundo, deputado estadual e governador substituto. O que pouca gente sabe é que ele também jogou como meia pelo 14 de Julho na década de 1940. Também foi treinador e dirigente do clube. Em 1943, foi disputado um torneio amistoso com seu nome, vencido pelo Rio Grandense.
História
Victor Graeff se envolveu com esporte e política desde jovem. Quando estudante, jogou pelo Americano Universitário e depois foi ponta-direita no Cruzeiro, ambos de Porto Alegre, onde também foi presidente. Formado em Direito na capital gaúcha em 1930, teve seus direitos políticos cassados em 1932, exilando-se na Argentina com seu chefe político Nicolau Vergueiro por solidarizar-se com o Movimento Constitucionalista. De volta ao Brasil, veio morar em Passo Fundo. Além de advogar, era escritor. Foi um dos membros fundadores da Academia Passo-Fundense de Letras (então Grêmio Passo-Fundense de Letras) em 1938.
Em 17 de dezembro de 1941, aos 35 anos, Victor Graeff foi nomeado prefeito de Passo Fundo pelo interventor federal Cordeiro de Farias. Entre as obras mais conhecidas de sua administração estão o calçamento da Praça Marechal Floriano e a construção do Altar da Pátria (atual escadaria ao lado do Clube Comercial). Em 24 de agosto de 1944, decidiu se afastar do cargo, segundo registros, por desentendimentos com Alberto Pasqualini, então secretário do Interior e Justiça do Rio Grande do Sul.
No ano seguinte, Victor Graeff foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), partido de oposição ao presidente Getúlio Vargas, o que o fez despontar como uma liderança no estado gaúcho. Acabou concorrendo e sendo eleito deputado estadual por três legislaturas consecutivas entre 1947 e 1959. Foi presidente da Assembleia Legislativa e governador substituto. Ao final do seu terceiro mandato, decidiu não concorrer mais a cargos políticos, passando a morar definitivamente em Porto Alegre com a família. Mesmo assim, foi entusiasta do movimento emancipacionista, participando ativamente na articulação para criação de novos municípios no início dos anos 1960.
O advogado e político morreria em março de 1965, aos 58 anos, no Hospital São José em Porto Alegre. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Santa Casa. Ele deixou a mulher, Ignes Flores Graeff, e cinco filhos. Como homenagem póstuma a seu trabalho pela criação de novos municípios, a comunidade de Vila Cochinho, então pertencente a Não-Me-Toque, passou a se chamar Victor Graeff em outubro do mesmo ano.
Carreira como jogador
Ano | Equipe | J | G | CA | CV |
---|---|---|---|---|---|
1940 | 14 de Julho | 2 | 0 | 0 | 0 |
Total | 2 | 0 | 0 | 0 |
Carreira como técnico
Ano | Equipe | J | V | E | D | A |
---|---|---|---|---|---|---|
1928 | 14 de Julho | 3 | 2 | 0 | 1 | 67% |
1929 | 14 de Julho | 6 | 4 | 2 | 0 | 83% |
Total | 9 | 6 | 2 | 1 | 78% |