Nicolau Vergueiro (Nicolau Araújo Vergueiro)

De Futebol de Passo Fundo
Revisão de 20h49min de 20 de setembro de 2024 por Futebolpassofundo (discussão | contribs) (→‎História)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar
Nicolau Vergueiro
👤1º Patrono do Gaúcho
Informações pessoais
Nome completo Nicolau Araújo Vergueiro
Nascimento 07.03.1882
Local Passo Fundo
Falecimento 16.03.1956, aos 74 anos
Local Passo Fundo
Ocupação Médico, político
Carreira em Passo Fundo
Dirigente
Equipe Gaúcho
Entidades Liga Passo-Fundense de Futebol

Nicolau Araújo Vergueiro, também conhecido como Nicolau Vergueiro (Passo Fundo, 7 de março de 1882 — Passo Fundo, 16 de março de 1956), foi presidente de honra do Gaúcho e é o primeiro patrono do clube.

História

Nicolau Araújo Vergueiro nasceu em Passo Fundo no dia 7 de março de 1882, filho do dono de terras e líder político paulista João de Campos Vergueiro, presidente da câmara de vereadores da cidade em 1878, e de Carolina Araújo Vergueiro.

O Gaúcho passou a fazer parte da vida de Vergueiro na década de 1920. Em um baile na Brigada Militar, sua filha Maria foi apresentada a um jovem levado à festa por Victor Issler, amigo que o havia conhecido em Porto Alegre. O jovem era Honorino Malheiros, ex-zagueiro do Botafogo e do Internacional e que marcaria época no Gaúcho como jogador e dirigente. Malheiros e Maria se apaixonaram e casaram tempos depois.

Entusiasta do futebol, Vergueiro se tornou torcedor fervoroso do alviverde e foi seu presidente de honra. Cedeu por comodato uma área que pertencia à família para a construção do novo estádio do Gaúcho, que voltava a reorganizar suas atividades em 1937 e não tinha onde jogar.

O novo campo, chamado Estádio da Montanha, ou da Vergueiro, foi inaugurado em 1938 e usado até 1951, quando a família decidiu lotear a área para a construção de casas.

Vida pessoal

Alfabetizado em Passo Fundo pelo professor Eduardo de Brito, terminou seus estudos primários em São Leopoldo e, em 1896, foi estudar em Porto Alegre. Em 1903, formou-se em farmácia e, em 1905, concluiu o curso de medicina pela Faculdade Livre de Medicina e Farmácia de Porto Alegre. No ano seguinte voltou a Passo Fundo, atuando como médico até o final da década de 1940 e exercendo por mais de 20 anos, gratuitamente, a função de médico do município na Assistência Pública de Saúde. Ele também idealizou e foi o primeiro presidente da Sociedade Passo-Fundense de Medicina, em 1931.

Na política, a participação de Vergueiro começou em 1908, quando foi eleito conselheiro municipal. Um ano depois era eleito deputado estadual, sendo reeleito por cinco vezes. Também foi intendente municipal em 1920 e 1928. Em 1929, chegou à câmara federal, sendo reeleito mais duas vezes até 1945. Suas maiores ações eram nas áreas da saúde e educação. Foi com sua influência, em 1929, que se criou a Escola Complementar, a partir de 1958 chamada de Colégio Estadual Nicolau Araújo Vergueiro (hoje EENAV).

Participou ativamente da Revolução Gaúcha de 1923 e da Revolução de 1930, tendo sido preso e exilado na Argentina entre 1933 e 1934 por ser solidário à Revolução Paulista de 1932. Fundou o Partido Social Democrático (PSD) no Rio Grande do Sul e participou como deputado Constituinte em 1945, ajudando na elaboração da Constituição de 1946. Encerrou sua carreira política em 1951.

Nicolau Vergueiro ainda foi presidente do Rotary Club de Passo Fundo, sócio-benemérito do Hospital da Providência de Marau, do Hospital São José de Sertão, do Aeroclube de Passo Fundo e do Clube Pinheiro Machado (hoje Academia Passo-Fundense de Letras). Ainda, presidiu a Liga Passo-Fundense de Futebol. O município gaúcho de Nicolau Vergueiro tem seu nome em homenagem aos serviços que prestou como médico à comunidade que atualmente tem cerca de 1,8 mil habitantes e que até então se chamava Arroio dos Portes.

Vergueiro foi casado com Jovina Désessard Leite, com quem teve dois filhos: Ruy e Maria. Afastado das suas atividades sociais e políticas, passou os últimos anos em sua casa na Avenida Brasil.

Ele morreu no dia 16 de março de 1956, de mal súbito, aos 74 anos.

Honras

  • 1º patrono do Gaúcho