Rasga-Diabo (Alfredo de Oliveira): mudanças entre as edições
(Criou página com ''''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 — Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do Gaúcho. {| class="wikitable" style="float: right; margin-left: 20px; margin-top: -5px; width=100%" ! colspan="2" |Adair |- align="center" | colspan="2" |semmoldura |- ! colspan="2" |<small>Informações pessoais</small> |- |'''<small>Nome...') |
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''' | '''Alfredo de Oliveira''', também conhecido como '''Alfredo Rasga-Diabo''', '''Rasga-Diabo''' ou '''Rasga''' (Local de nascimento não conhecido, 19 de outubro de 1909 — Porto Alegre-RS, data de falecimento não conhecida), foi um zagueiro do {{Cruzeiro (Sport Club Cruzeiro)}} e do {{Rio Grandense (Rio Grandense Foot Ball Club)}} temido pela violência dentro de campo. | ||
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*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol'' | *''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol'' | ||
Vocês sabem aquele zagueiro de roça? Zagueiro que não tem nenhuma intimidade com a bola? Porém, tem força, raça, rebate a bola para o lado em que está virado e bate sem nenhum escrúpulo. Claro que em peladas já devem ter visto. Em Passo Fundo, um emblema de jogador com essa titulação era chamado pelo singelo e simpático apelido de Alfredo Rasga-Diabo ou só Rasga-Diabo. Assim é que aparecia nas escalações que os jornais publicavam. | |||
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No começo da década de 1930, Rasga-Diabo era zagueiro do time do Cruzeiro da Brigada Militar. Naturalmente, era brigadiano. Em 1938, uma determinação do alto comando da Brigada extinguiu o time e o retirou da Federação Rio Grandense de Futebol. O velho Rio Grandense, o time dos ferroviários, aproveitou a maioria dos atletas do Cruzeiro, dando-lhes emprego na Viação Férrea. Lá foi Rasga-Diabo trabalhar como guarda-freios e jogar com a camisa rubro-esmeralda, como chamavam o clube. | |||
As histórias que contam de Rasga-Diabo parecem inverossímeis. Uma delas é clássica para definir Rasga-Diabo. O Rio Grandense tinha um campo na Avenida Presidente Vargas, na época Avenida Mauá com a hoje Rua Daltro Filho, que ainda não existia. Situando-se nos dias atuais, onde está edificado o prédio do Daer. O campo era cercado por parapeitos, como todos o eram. Como tudo era amador, vários jovens iam assistir aos treinos com a expectativa de entrar quando em vez, para dar uma “fomeada”. Num desses treinos entrou no segundo tempo o jovem {{Valentim Viana}}, que depois também jogou no Rio Grandense e que, dentro de campo, não era flor que se cheirasse. | |||
Valentim, de pés descalços entrou em campo e recebeu um lançamento em profundidade pela esquerda. Correu em direção à bola e no atalho viu que, numa velocidade espantosa, olhos esbugalhados, babando de raiva, tal qual um touro bravo picado por um enxame de abelhas africanas, vinha ele, Alfredo Rasga-Diabo. Valentim, que de bobo não tinha nada deu um salto de fazer inveja a João do Pulo, e, olhando para trás, viu Rasga-Diabo deslizando pela grama, com a perna direita no alto e um estouro. | |||
Com a sola da chuteira, Rasga-Diabo quebrou o parapeito de madeira, atingindo um colega seu ferroviário, que sem nada a fazer foi dar uma olhada no treino. Pela primeira, e talvez única vez, um jogador machucou um torcedor numa disputa de bola. | |||
O Rio Grandense era um time pesado. Além de Rasga-Diabo haviam outros perigosos, como {{Quero-Quero (João Ribeiro Filho)}} e {{Come-Bola (Edelmiro Moreira dos Santos)}}, por exemplo. Se um cineasta chegasse ao clube com um roteiro para realizar um filme de faroeste, não conseguiria, por absoluta falta de mocinhos. | |||
A carreira de Rasga-Diabo terminou mal. Ao prever a violência com que ele entraria numa disputa de bola, o jogador adversário saltou para tentar escapar e ao cair acabou caindo sobre a perna de Rasga, que não aguentou o choque e quebrou. Era seu adeus dos gramados. | |||
== Carreira como jogador == | == Carreira como jogador == |
Edição das 21h50min de 4 de julho de 2024
Alfredo de Oliveira, também conhecido como Alfredo Rasga-Diabo, Rasga-Diabo ou Rasga (Local de nascimento não conhecido, 19 de outubro de 1909 — Porto Alegre-RS, data de falecimento não conhecida), foi um zagueiro do Cruzeiro e do Rio Grandense temido pela violência dentro de campo.
História
- Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol
Vocês sabem aquele zagueiro de roça? Zagueiro que não tem nenhuma intimidade com a bola? Porém, tem força, raça, rebate a bola para o lado em que está virado e bate sem nenhum escrúpulo. Claro que em peladas já devem ter visto. Em Passo Fundo, um emblema de jogador com essa titulação era chamado pelo singelo e simpático apelido de Alfredo Rasga-Diabo ou só Rasga-Diabo. Assim é que aparecia nas escalações que os jornais publicavam.
No começo da década de 1930, Rasga-Diabo era zagueiro do time do Cruzeiro da Brigada Militar. Naturalmente, era brigadiano. Em 1938, uma determinação do alto comando da Brigada extinguiu o time e o retirou da Federação Rio Grandense de Futebol. O velho Rio Grandense, o time dos ferroviários, aproveitou a maioria dos atletas do Cruzeiro, dando-lhes emprego na Viação Férrea. Lá foi Rasga-Diabo trabalhar como guarda-freios e jogar com a camisa rubro-esmeralda, como chamavam o clube.
As histórias que contam de Rasga-Diabo parecem inverossímeis. Uma delas é clássica para definir Rasga-Diabo. O Rio Grandense tinha um campo na Avenida Presidente Vargas, na época Avenida Mauá com a hoje Rua Daltro Filho, que ainda não existia. Situando-se nos dias atuais, onde está edificado o prédio do Daer. O campo era cercado por parapeitos, como todos o eram. Como tudo era amador, vários jovens iam assistir aos treinos com a expectativa de entrar quando em vez, para dar uma “fomeada”. Num desses treinos entrou no segundo tempo o jovem Valentim Viana, que depois também jogou no Rio Grandense e que, dentro de campo, não era flor que se cheirasse.
Valentim, de pés descalços entrou em campo e recebeu um lançamento em profundidade pela esquerda. Correu em direção à bola e no atalho viu que, numa velocidade espantosa, olhos esbugalhados, babando de raiva, tal qual um touro bravo picado por um enxame de abelhas africanas, vinha ele, Alfredo Rasga-Diabo. Valentim, que de bobo não tinha nada deu um salto de fazer inveja a João do Pulo, e, olhando para trás, viu Rasga-Diabo deslizando pela grama, com a perna direita no alto e um estouro.
Com a sola da chuteira, Rasga-Diabo quebrou o parapeito de madeira, atingindo um colega seu ferroviário, que sem nada a fazer foi dar uma olhada no treino. Pela primeira, e talvez única vez, um jogador machucou um torcedor numa disputa de bola.
O Rio Grandense era um time pesado. Além de Rasga-Diabo haviam outros perigosos, como Quero-Quero e Come-Bola, por exemplo. Se um cineasta chegasse ao clube com um roteiro para realizar um filme de faroeste, não conseguiria, por absoluta falta de mocinhos.
A carreira de Rasga-Diabo terminou mal. Ao prever a violência com que ele entraria numa disputa de bola, o jogador adversário saltou para tentar escapar e ao cair acabou caindo sobre a perna de Rasga, que não aguentou o choque e quebrou. Era seu adeus dos gramados.
Carreira como jogador
Ano | Equipe | J | G | CA | CV |
---|---|---|---|---|---|
1965 | Gaúcho | 27 | 6 | 0 | 0 |
1965 | Seleção dos Pretos | 1 | 0 | 0 | 0 |
1966 | Gaúcho | 6 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
1967 | Gaúcho | 15 | 1 | 0 | 0 |
Total | 49 | 8 | 0 | 0 |
Carreira como técnico
Ano | Equipe | J | V | E | D | A |
---|---|---|---|---|---|---|
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
1976 | Gaúcho | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
Total | 29 | 10 | 10 | 9 | 52% |
- Predefinições
- Personagens
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- Nascidos em São Gabriel-RS
- Falecidos em 2017
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- Dirigentes da Liga Passo-Fundense de Futebol
- Fisioterapeutas