Cavalheiro (José Antonio Cavalheiro): mudanças entre as edições

De Futebol de Passo Fundo
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'''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do [[Sport Clube Gaúcho|Gaúcho]].
'''José Antônio Cavalheiro''', também conhecido como '''Cavalheiro''' (Porto Alegre-RS, 5 de agosto de 1940 Passo Fundo, 10 de agosto de 2016), foi um goleiro que conseguiu ser ídolo do {{Gaúcho (Sport Clube Gaúcho)}} e do {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}}. Faz parte do {{Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo}}.


== História ==
== História ==
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''


Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
O Sport Club Gaúcho aderiu ao regime profissional de futebol em 1954. Mas, de profissional apenas o nome. O clube teimava em manter-se amador. Formava times com jovens jogadores da cidade, recrutados em colégios, nos quartéis e na várzea. Desta forma, venceu a competição regional de 1954 e nada mais. Perdeu todos os certames citadinos para o 14 de Julho entre 1955 e 1960. No campeonato regional, levava surra dos clubes de Erechim e Carazinho.


Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.
Em 1960, o presidente {{Flávio Araújo (Flávio Lima de Araújo)}} tomou a iniciativa de mudar a mentalidade. Ter no elenco os melhores jogadores de Passo Fundo e buscar fora jogadores profissionais, que não trabalhassem paralelamente ao futebol.


Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
E, aí, numa leva de bons jogadores como {{Sariba (João Carlos Fraga)}}, {{Tuta (Carlos Veríssimo da Silva)}}, {{Gonzales (Cláudio Gonzales)}}, {{Paulinho (Paulo Corrêa Oliveira)}} e outros, chegou ao {{Estádio Wolmar Salton (1957)}} o goleiro Cavalheiro. No ano seguinte, em 1961, reforçado com outros nomes de peso, como {{Amâncio (Amâncio Fróes da Silveira)}}, {{Daizon Pontes}}, {{Maneca (Darci da Silva Lopes)}}, {{Banana (Adair Batista Paes)}} e {{Montezzana (José de Borba Montezzano)}}, foi campeão da cidade.


Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
José Antônio Cavalheiro nasceu em Porto Alegre, no dia 5 de agosto de 1940. Era goleiro juvenil do Grêmio Porto-Alegrense. Negro alto, esguio, rápido e inteligente. Elástico e acrobático. As fáceis defesas se transformavam na alegria dos fotógrafos. Cavalheiro voava e segurava a bola firme em suas mãos. Outra característica era a saída do gol em bolas aéreas. Em razão de sua altura tinha facilidades em agigantar-se em meio aos atacantes adversários. Em seu início no Gaúcho, além de suas notórias virtudes mostrou que seu estado emocional era frágil. Ás vezes tremia, mas com o passar do tempo e a experiência acabou perdendo esse temor.


Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.
Ficou pouco tempo no Gaúcho e foi contratado pelo Ypiranga de Erechim. Lá teve boas atuações e foi campeão regional em 1963. Posteriormente defendeu o Internacional de Santa Maria. Foi titular em 1965 e 1966, até a chegada do goleiro Nilson. Um episódio inusitado aconteceu com Cavalheiro, em seu tempo de Internacional. Antes de um clássico contra o Riograndense de Santa Maria, ele foi procurado pelo seu ex-colega dos tempos do Gaúcho, Montezzana. Este tentou corromper o goleiro, oferecendo dinheiro para entregar o jogo. Cavalheiro comunicou seus dirigentes e a polícia. Montezzana foi preso em flagrante e Cavalheiro realizou um grande clássico.


Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
Ainda em 1966, foi contratado pelo 14 de Julho de Passo Fundo. Assumiu a titularidade por longo período, até 1969. Nesse ínterim, foi vice-campeão regional em 1966, campeão regional e campeão estadual da segunda divisão, em 1968, e escolhido o melhor goleiro da competição. Diga-se de passagem, o 14 de Julho do goleiro Cavalheiro bateu na final do certame o Internacional de Santa Maria, de Nilson.


Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
Em 1971, quando o Gaúcho perdeu o goleiro {{Nadir (Nadir Antonio Smaniotto)}}, contratado pelo Juventude de Caxias do Sul, foi buscar de volta Cavalheiro, então na reserva de {{Volnei (Volnei Ribeiro dos Santos)}}, do 14 de Julho. Houve um revezamento dos goleiros Cavalheiro e {{Carlos Alberto (Carlos Alberto Brancher)}}, até o início de 1974. Foi então contratado pelo Estrela.


No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
Nesse clube ocorreu o pior momento da carreira do grande arqueiro. Num jogo contra o Grêmio, com o Estádio Walter Jobim absolutamente lotado, Cavalheiro titubeou. A soberba o derrubou. Após fazer boa defesa colocou a bola no chão e passou a observar algum companheiro desmarcado para passar-lhe a bola. Não percebeu, porém, que o centroavante Alcino estava atrás dele. O jogador gremista, mais atento, pegou a bola e a mandou para o fundo do gol. Cavalheiro olhava atônito. O que tinha acontecido? O árbitro assinalando o gol e os gremistas festejando. O público, ainda incrédulo, recobrou os sentidos e passou a vaiar estrepitosamente o goleiro. Cavalheiro foi substituído. No dia seguinte rescindiu seu contrato e veio embora para Passo Fundo, onde estava sua família. Porém, acusado de vendido por dirigentes e torcedores. Não. Cavalheiro não estava vendido ou coisa que o valha. Cavalheiro era sério e honesto. Foi infeliz, apenas infeliz.


Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
Sua carreira prosseguiu defendendo o Nacional do Paraguai e o Palmitos, de Santa Catarina, seu último clube.


Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
Ao deixar o futebol continuou vivendo em Passo Fundo. Era carnavalesco desde os tempos de Porto Alegre, quando desfilava nas Imperadores do Samba. Trabalhou na iniciativa privada e na Prefeitura Municipal, onde se aposentou. Gostava de contar histórias do futebol e ao conversar comigo algumas vezes, tinha alguma mágoa dos clubes locais não terem aproveitado seu talento na função de preparador de goleiros.


Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
Cavalheiro teve um AVC, ficou com algumas sequelas e após adoecer veio a falecer no dia 10 de agosto de 2016, logo após completar 76 anos de idade.
 
== A aventura na Argentina ==
Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.


== Honras ==
== Honras ==


* 9º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (232)
* 15º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (91)
* 3º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (60)
* Melhor goleiro do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1968
* 11º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (56)
* 11º jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (27)
* Melhor jogador do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1966
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do Gaúcho como atacante
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como atacante
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo


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== Carreira como técnico ==
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Edição das 22h06min de 21 de julho de 2024

Cavalheiro
⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo José Antonio Cavalheiro
Nascimento 05.08.1940
Local Porto Alegre-RS
Falecimento 10.08.2016, aos 76 anos
Local Passo Fundo
Carreira em Passo Fundo
Jogador
Posição Goleiro
Equipes 1960-1962 - Gaúcho
1966-1969 - 14 de Julho
1971-1973 - Gaúcho
1975-1975 - Gaúcho

José Antônio Cavalheiro, também conhecido como Cavalheiro (Porto Alegre-RS, 5 de agosto de 1940 — Passo Fundo, 10 de agosto de 2016), foi um goleiro que conseguiu ser ídolo do Gaúcho e do 14 de Julho. Faz parte do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo.

História

  • Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol

O Sport Club Gaúcho aderiu ao regime profissional de futebol em 1954. Mas, de profissional apenas o nome. O clube teimava em manter-se amador. Formava times com jovens jogadores da cidade, recrutados em colégios, nos quartéis e na várzea. Desta forma, venceu a competição regional de 1954 e nada mais. Perdeu todos os certames citadinos para o 14 de Julho entre 1955 e 1960. No campeonato regional, levava surra dos clubes de Erechim e Carazinho.

Em 1960, o presidente Flávio Araújo tomou a iniciativa de mudar a mentalidade. Ter no elenco os melhores jogadores de Passo Fundo e buscar fora jogadores profissionais, que não trabalhassem paralelamente ao futebol.

E, aí, numa leva de bons jogadores como Sariba, Tuta, Gonzales, Paulinho e outros, chegou ao Estádio Wolmar Salton o goleiro Cavalheiro. No ano seguinte, em 1961, reforçado com outros nomes de peso, como Amâncio, Daizon Pontes, Maneca, Banana e Montezzana, foi campeão da cidade.

José Antônio Cavalheiro nasceu em Porto Alegre, no dia 5 de agosto de 1940. Era goleiro juvenil do Grêmio Porto-Alegrense. Negro alto, esguio, rápido e inteligente. Elástico e acrobático. As fáceis defesas se transformavam na alegria dos fotógrafos. Cavalheiro voava e segurava a bola firme em suas mãos. Outra característica era a saída do gol em bolas aéreas. Em razão de sua altura tinha facilidades em agigantar-se em meio aos atacantes adversários. Em seu início no Gaúcho, além de suas notórias virtudes mostrou que seu estado emocional era frágil. Ás vezes tremia, mas com o passar do tempo e a experiência acabou perdendo esse temor.

Ficou pouco tempo no Gaúcho e foi contratado pelo Ypiranga de Erechim. Lá teve boas atuações e foi campeão regional em 1963. Posteriormente defendeu o Internacional de Santa Maria. Foi titular em 1965 e 1966, até a chegada do goleiro Nilson. Um episódio inusitado aconteceu com Cavalheiro, em seu tempo de Internacional. Antes de um clássico contra o Riograndense de Santa Maria, ele foi procurado pelo seu ex-colega dos tempos do Gaúcho, Montezzana. Este tentou corromper o goleiro, oferecendo dinheiro para entregar o jogo. Cavalheiro comunicou seus dirigentes e a polícia. Montezzana foi preso em flagrante e Cavalheiro realizou um grande clássico.

Ainda em 1966, foi contratado pelo 14 de Julho de Passo Fundo. Assumiu a titularidade por longo período, até 1969. Nesse ínterim, foi vice-campeão regional em 1966, campeão regional e campeão estadual da segunda divisão, em 1968, e escolhido o melhor goleiro da competição. Diga-se de passagem, o 14 de Julho do goleiro Cavalheiro bateu na final do certame o Internacional de Santa Maria, de Nilson.

Em 1971, quando o Gaúcho perdeu o goleiro Nadir, contratado pelo Juventude de Caxias do Sul, foi buscar de volta Cavalheiro, então na reserva de Volnei, do 14 de Julho. Houve um revezamento dos goleiros Cavalheiro e Carlos Alberto, até o início de 1974. Foi então contratado pelo Estrela.

Nesse clube ocorreu o pior momento da carreira do grande arqueiro. Num jogo contra o Grêmio, com o Estádio Walter Jobim absolutamente lotado, Cavalheiro titubeou. A soberba o derrubou. Após fazer boa defesa colocou a bola no chão e passou a observar algum companheiro desmarcado para passar-lhe a bola. Não percebeu, porém, que o centroavante Alcino estava atrás dele. O jogador gremista, mais atento, pegou a bola e a mandou para o fundo do gol. Cavalheiro olhava atônito. O que tinha acontecido? O árbitro assinalando o gol e os gremistas festejando. O público, ainda incrédulo, recobrou os sentidos e passou a vaiar estrepitosamente o goleiro. Cavalheiro foi substituído. No dia seguinte rescindiu seu contrato e veio embora para Passo Fundo, onde estava sua família. Porém, acusado de vendido por dirigentes e torcedores. Não. Cavalheiro não estava vendido ou coisa que o valha. Cavalheiro era sério e honesto. Foi infeliz, apenas infeliz.

Sua carreira prosseguiu defendendo o Nacional do Paraguai e o Palmitos, de Santa Catarina, seu último clube.

Ao deixar o futebol continuou vivendo em Passo Fundo. Era carnavalesco desde os tempos de Porto Alegre, quando desfilava nas Imperadores do Samba. Trabalhou na iniciativa privada e na Prefeitura Municipal, onde se aposentou. Gostava de contar histórias do futebol e ao conversar comigo algumas vezes, tinha alguma mágoa dos clubes locais não terem aproveitado seu talento na função de preparador de goleiros.

Cavalheiro teve um AVC, ficou com algumas sequelas e após adoecer veio a falecer no dia 10 de agosto de 2016, logo após completar 76 anos de idade.

Honras

  • 15º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (91)
  • Melhor goleiro do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1968
  • Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo

Carreira como jogador

Ano Equipe J G CA CV
1960 Gaúcho 10 -20 0 0
1961 Gaúcho 21 -33 0 0
1962 Gaúcho 17 -21 0 0
1966 14 de Julho 17 -19 0 0
1967 14 de Julho 35 -44 0 0
1968 14 de Julho 28 -21 0 0
1969 14 de Julho 11 -20 0 0
1971 Gaúcho 27 -23 0 0
1972 Gaúcho 11 -12 0 0
1973 Gaúcho 7 -9 0 0
1975 Gaúcho 1 0 0 0
Total 185 -222 0 0