Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez): mudanças entre as edições

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'''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do [[Sport Clube Gaúcho|Gaúcho]].
'''Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez''', também conhecido como '''Gitinha''' (Arroio Grande-RS, 25 de maio de 1936 Porto Alegre-RS, 28 de janeiro de 1993), foi um atacante e centromédio do {{Gaúcho (Sport Clube Gaúcho)}} e do {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}} no final da década de 1960. Líder e multicampeão, foi campeão estadual pelos dois clubes e técnico alviverde e rubro. Faz parte do {{Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo}}.


== História ==
== História ==
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''


Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
Em Arroio Grande, sul do Rio Grande do Sul, no Internacional local, surgira um grande meia-esquerda chamado Bonifácio Ubirajara da Porciúncula Nunez, apelidado de Gita. Era estudante e foi morar em Porto Alegre, como aluno interno do Instituto Porto Alegre (IPA). Destacou-se no futebol e foi levado ao Grêmio. Depois jogou em vários outros times gaúchos. Mas, em Arroio Grande, que se orgulhava de Gita, diziam que o melhor era seu irmão mais moço, o Gitinha.
 
Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.


Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
Gitinha era meia-armador, o número 10 do Internacional de Arroio Grande. Era sete anos mais jovem que o irmão. Nasceu no dia 25 de maio de 1936. Como sua cidade é próxima a Pelotas, era inevitável que algum clube o observasse. Gitinha foi contratado pelo Brasil. Jogou bem no xavante e foi campeão regional, jogando ao lado de jogadores do porte de Suly, Joaquinzinho, João Borges, Negrito e o veteraníssimo Tibirica.


Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
Seu passe foi adquirido pelo Guarany de Bagé e mais uma vez foi campeão citadino e regional. Retornou a Pelotas, para defender o rival do Brasil, o Esporte Clube Pelotas, mas, por um breve período. Jogou no 14 de Julho de Livramento e foi mais uma vez campeão. Jogou ainda no Cruzeiro de Porto Alegre e, em 1961, foi contratado pelo Grêmio. Permaneceu apenas um ano no Estádio Olímpico e participou de uma excursão do clube à Europa, atuando em diversos jogos como titular. Seguiu a carreira no Flamengo de Caxias do Sul, e, aí, foi convocado para a Seleção Gaúcha no campeonato brasileiro de seleções estaduais, em 1962.


Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.
Em 1965, aportou em Passo Fundo, contratado pelo Gaúcho. Estava com 29 anos, para a época, um veterano. Assumiu a titularidade do alviverde, formando com {{Adair (Adair (Adair Lopes Bicca)}} um meio de campo muito técnico. Gitinha possuía muita técnica, era inteligente, tinha ampla visão do jogo, passes precisos e uma inata liderança. Era, naturalmente, o capitão do Gaúcho. Neste mesmo ano, o Gaúcho chegou à final do campeonato da segunda divisão e perdeu a decisão para o Rio-Grandense de Rio Grande, em jogo inacreditável, no Estádio Torquato Pontes. O título foi decidido em cobranças de pênaltis. O mesmo jogador batia todas as cinco cobranças. Coube a Gitinha, o batedor oficial, a incumbência de levar o Gaúcho à divisão especial. Gitinha marcou todos os gols na primeira série. Nico, do Rio-Grandense, também. Na segunda série, Nico marcou quatro vezes e Gitinha perdeu dois. O Gaúcho foi derrotado pela enorme pressão psicológica que o adversário impôs ao árbitro e ao próprio Gaúcho.


Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
Esta decisão ocorreu em março de 1966, e, em dezembro do mesmo ano, valendo pela Segundona de 1966, lá estava o Gaúcho, decidindo, agora em sua casa, contra o Uruguaiana. Não foram necessários pênaltis. O Gaúcho goleou, com Gitinha marcando gol e, aí sim, pôs a faixa no peito e sua torcida gritou bem alto que era campeão. Foi bicampeão regional, vice-campeão estadual e campeão estadual em dois anos.


Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
Em meio à competição, o técnico alviverde {{Altino Nascimento}} deixou o clube, pois fora contratado pelo Ypiranga. Gitinha absorveu a função do técnico ao mesmo tempo em que comandava o time dentro de campo. Oficialmente, porém, o treinador era o diretor {{Flávio Araújo (Flávio Lima de Araújo)}}, aquele que ficava na casamata.


No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
Uma vez na Divisão Especial, Gitinha deixou os gramados para assumir a condição exclusiva de técnico do Gaúcho. O clube fez bonito. Foi vice-campeão do Torneio Início e honrada colocação na classificação final.


Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
Em 1968, estava tudo acertado em continuar seu trabalho como treinador, mas eis que surgiu uma proposta tentadora do 14 de Julho. Tentadora em termos financeiros e em mais um desafio. Gitinha voltaria aos gramados como líder e capitão do time rubro em sua luta para conquistar vaga na Divisão Especial. Gitinha topou e foi formado o meio de campo ao lado de {{Santarém (Antonio Carlos Lemos Santarém)}}. Um senhor meio de campo. Mas, um pouco sem ritmo de jogo, com mais de 30 anos, Gitinha, que vinha sendo titular absoluto, deu lugar ao recém-contratado {{Zé Carlos (José Carlos Cézar Alves)}} para as finais, embora tenha entrado em vários jogos justamente para cadenciar o jogo com sua larga experiência. Foi campeão regional e estadual pelo 14 de Julho. Mais um título em sua brilhante carreira.


Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
Dirigiu tecnicamente o 14 de Julho nos campeonatos de 1970 e 1971, com boa performance. Em 1972, foi embora de Passo Fundo para residir em Porto Alegre. Foi exercer sua outra profissão, que era a de contabilista. Segundo informações, trabalhava nessa atividade no Hotel San Rafael.


Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
Gitinha viveu seis anos em Passo Fundo, onde era pessoa vastamente relacionada. Homem educado, solícito e com uma impressionante bagagem no futebol. Um estupendo jogador e um estrategista como treinador. Ah! Apenas para registro. Corria uma lenda que, quando técnico, ouvia num radinho de pilhas, nos intervalos dos jogos, os comentários de {{Jarbas Sampaio Corrêa}}, e, nele, baseava-se para mudar sua equipe. ''Lendas, apenas lendas.''


== A aventura na Argentina ==
Gitinha faleceu em Porto Alegre no dia 28 de janeiro de 1993.
Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.


== Honras ==
== Honras ==


* 9º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (232)
* 4º técnico com maior número de jogos pelo 14 de Julho (62)
* 3º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (60)
* 7º técnico com maior número de vitórias pelo 14 de Julho (20)
* 11º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (56)
* 10º técnico com maior número de jogos Gaúcho (39)
* 11º jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (27)
* Melhor jogador do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1966
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do Gaúcho como atacante
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como atacante
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo


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== Carreira como técnico ==
== Carreira como técnico ==

Edição das 19h21min de 21 de julho de 2024

Gitinha
⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez
Nascimento 25.05.1936
Local Arroio Grande-RS
Falecimento 28.01.1993, aos 56 anos
Local Porto Alegre-RS
Carreira em Passo Fundo
Jogador
Posição Atacante, centromédio
Equipes 1965-1967 - Gaúcho
1968-1968 - 14 de Julho
Técnico
Equipes 1966-1968 - Gaúcho
1970-1971 - 14 de Julho

Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez, também conhecido como Gitinha (Arroio Grande-RS, 25 de maio de 1936 — Porto Alegre-RS, 28 de janeiro de 1993), foi um atacante e centromédio do Gaúcho e do 14 de Julho no final da década de 1960. Líder e multicampeão, foi campeão estadual pelos dois clubes e técnico alviverde e rubro. Faz parte do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo.

História

  • Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol

Em Arroio Grande, sul do Rio Grande do Sul, no Internacional local, surgira um grande meia-esquerda chamado Bonifácio Ubirajara da Porciúncula Nunez, apelidado de Gita. Era estudante e foi morar em Porto Alegre, como aluno interno do Instituto Porto Alegre (IPA). Destacou-se no futebol e foi levado ao Grêmio. Depois jogou em vários outros times gaúchos. Mas, lá em Arroio Grande, que se orgulhava de Gita, diziam que o melhor era seu irmão mais moço, o Gitinha.

Gitinha era meia-armador, o número 10 do Internacional de Arroio Grande. Era sete anos mais jovem que o irmão. Nasceu no dia 25 de maio de 1936. Como sua cidade é próxima a Pelotas, era inevitável que algum clube o observasse. Gitinha foi contratado pelo Brasil. Jogou bem no xavante e foi campeão regional, jogando ao lado de jogadores do porte de Suly, Joaquinzinho, João Borges, Negrito e o veteraníssimo Tibirica.

Seu passe foi adquirido pelo Guarany de Bagé e mais uma vez foi campeão citadino e regional. Retornou a Pelotas, para defender o rival do Brasil, o Esporte Clube Pelotas, mas, por um breve período. Jogou no 14 de Julho de Livramento e foi mais uma vez campeão. Jogou ainda no Cruzeiro de Porto Alegre e, em 1961, foi contratado pelo Grêmio. Permaneceu apenas um ano no Estádio Olímpico e participou de uma excursão do clube à Europa, atuando em diversos jogos como titular. Seguiu a carreira no Flamengo de Caxias do Sul, e, aí, foi convocado para a Seleção Gaúcha no campeonato brasileiro de seleções estaduais, em 1962.

Em 1965, aportou em Passo Fundo, contratado pelo Gaúcho. Estava com 29 anos, para a época, um veterano. Assumiu a titularidade do alviverde, formando com Predefinição:Adair (Adair (Adair Lopes Bicca) um meio de campo muito técnico. Gitinha possuía muita técnica, era inteligente, tinha ampla visão do jogo, passes precisos e uma inata liderança. Era, naturalmente, o capitão do Gaúcho. Neste mesmo ano, o Gaúcho chegou à final do campeonato da segunda divisão e perdeu a decisão para o Rio-Grandense de Rio Grande, em jogo inacreditável, no Estádio Torquato Pontes. O título foi decidido em cobranças de pênaltis. O mesmo jogador batia todas as cinco cobranças. Coube a Gitinha, o batedor oficial, a incumbência de levar o Gaúcho à divisão especial. Gitinha marcou todos os gols na primeira série. Nico, do Rio-Grandense, também. Na segunda série, Nico marcou quatro vezes e Gitinha perdeu dois. O Gaúcho foi derrotado pela enorme pressão psicológica que o adversário impôs ao árbitro e ao próprio Gaúcho.

Esta decisão ocorreu em março de 1966, e, em dezembro do mesmo ano, valendo pela Segundona de 1966, lá estava o Gaúcho, decidindo, agora em sua casa, contra o Uruguaiana. Não foram necessários pênaltis. O Gaúcho goleou, com Gitinha marcando gol e, aí sim, pôs a faixa no peito e sua torcida gritou bem alto que era campeão. Foi bicampeão regional, vice-campeão estadual e campeão estadual em dois anos.

Em meio à competição, o técnico alviverde Altino Nascimento deixou o clube, pois fora contratado pelo Ypiranga. Gitinha absorveu a função do técnico ao mesmo tempo em que comandava o time dentro de campo. Oficialmente, porém, o treinador era o diretor Flávio Araújo, aquele que ficava na casamata.

Uma vez na Divisão Especial, Gitinha deixou os gramados para assumir a condição exclusiva de técnico do Gaúcho. O clube fez bonito. Foi vice-campeão do Torneio Início e honrada colocação na classificação final.

Em 1968, estava tudo acertado em continuar seu trabalho como treinador, mas eis que surgiu uma proposta tentadora do 14 de Julho. Tentadora em termos financeiros e em mais um desafio. Gitinha voltaria aos gramados como líder e capitão do time rubro em sua luta para conquistar vaga na Divisão Especial. Gitinha topou e foi formado o meio de campo ao lado de Santarém. Um senhor meio de campo. Mas, um pouco sem ritmo de jogo, com mais de 30 anos, Gitinha, que vinha sendo titular absoluto, deu lugar ao recém-contratado Zé Carlos para as finais, embora tenha entrado em vários jogos justamente para cadenciar o jogo com sua larga experiência. Foi campeão regional e estadual pelo 14 de Julho. Mais um título em sua brilhante carreira.

Dirigiu tecnicamente o 14 de Julho nos campeonatos de 1970 e 1971, com boa performance. Em 1972, foi embora de Passo Fundo para residir em Porto Alegre. Foi exercer sua outra profissão, que era a de contabilista. Segundo informações, trabalhava nessa atividade no Hotel San Rafael.

Gitinha viveu seis anos em Passo Fundo, onde era pessoa vastamente relacionada. Homem educado, solícito e com uma impressionante bagagem no futebol. Um estupendo jogador e um estrategista como treinador. Ah! Apenas para registro. Corria uma lenda que, quando técnico, ouvia num radinho de pilhas, nos intervalos dos jogos, os comentários de Jarbas Sampaio Corrêa, e, nele, baseava-se para mudar sua equipe. Lendas, apenas lendas.

Gitinha faleceu em Porto Alegre no dia 28 de janeiro de 1993.

Honras

  • 4º técnico com maior número de jogos pelo 14 de Julho (62)
  • 7º técnico com maior número de vitórias pelo 14 de Julho (20)
  • 10º técnico com maior número de jogos Gaúcho (39)
  • Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo

Carreira como jogador

Ano Equipe J G CA CV
1965 Gaúcho 23 7 0 0
1965 Seleção dos Brancos 1 0 0 0
1966 Gaúcho 37 15 0 0
1967 Gaúcho 10 2 0 1
1968 14 de Julho 20 6 0 0
Total 91 30 0 1

Carreira como técnico

Ano Equipe J V E D A
1976 Gaúcho 29 10 10 9 52%
1976 Gaúcho 29 10 10 9 52%
1976 Gaúcho 29 10 10 9 52%
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1976 Gaúcho 29 10 10 9 52%
1976 Gaúcho 29 10 10 9 52%
Total 29 10 10 9 52%