O Nacional: mudanças entre as edições

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(Criou página com '{| class="wikitable" style="float: right; margin-left: 20px; margin-top: -5px; width=100%" ! colspan="2" |FGFTV |- align="center" | colspan="2" |semmoldura|150x150px |- ! colspan="2" |<small>Informações</small> |- |'''<small>Nome completo</small>''' |<small>FGF TV</small> |- |<small>'''Proprietário'''</small> |<small>Federação Gaúcha de Futebol</small> |- |<small>'''Atividade'''</small> |<small>1919-2023</small> |- |<small>'''Endereç...')
 
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|<small>'''Proprietário'''</small>
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|<small>Theophilo Guimarães (inicial), Grupo ON de Comunicação (atual)</small>
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|<small>1919-2023</small>
|<small>1925-hoje</small>
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|<small>'''Endereço'''</small>
|<small>'''Endereço'''</small>
|<small>Avenida Ipiranga, 10, Porto Alegre-RS</small>
|<small>Rua Silva Jardim, 325 A (atual)</small>
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|<small>'''Fundadores'''</small>
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|<small>Theophilo Guimarães, Herculano Araújo Annes,<br>Hyran de Araújo Bastos e Americano de Araújo Bastos</small>
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|<small>'''Slogan'''</small>
|<small>'''Slogan'''</small>
|<small>Não tinha</small>
| <small>"Jornal independente" (inicial), "Na nossa cidade, na sua casa, na sua vida" (atual)</small>
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|<small>'''Formato'''</small>
|<small>'''Formato'''</small>
|<small>Comercial</small>
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|<small>'''Periodicidade'''</small>
|<small>'''Periodicidade'''</small>
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|<small>trissemanal (terças, quartas e sexta, sábado e domingo) (atual)</small>
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|<small>'''Gênero'''</small>
|<small>Jornalismo, entrevistas e transmissão de jogos</small>
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|<small>'''Site'''</small>
|<small>'''Site'''</small>
|<small>fgftv.com.br (fora do ar)</small>
|<small>onacional.com.br</small>
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|<small>'''YouTube'''</small>
|<small>@FGFTV</small>
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Lançada em 17 de abril de 2019 no YouTube, a '''FGFTV''' foi um canal mantido pela Federação Gaúcha de Futebol. A programação inicial tinha o programa Na Cara do Gol, apresentado pelo jornalista Glauco Pasa, trazendo notícias, bastidores da Federação, resumos de jogos e curiosidades.
O jornal '''O Nacional''' circulou pela primeira vez em 19 de junho de 1925, uma sexta-feira. Fundado pelo cruz-altense Theophilo Guimarães, tinha a direção de Herculano Araújo Annes e gerência de Hyran de Araújo Bastos e Americano de Araújo Bastos, substituídos em abril de 1929 por Gervasio Araújo Annes.
 
No início, o jornal era bissemanal, com impressão às quartas-feiras e sábados no formato tabloide (43 cm x 30,5 cm) e quatro páginas. Na capa, trazia desde a primeira edição o slogan de jornal "independente”. A redação e a gerência funcionavam na Livraria Nacional. Requintado, o logotipo do jornal foi desenhado pelo professor e artista Geolar Caminha e gravado em Porto Alegre, na clicheria da Editora Globo.
 
Em 15 de agosto de 1929, o jornal inaugurava sua sede própria na Avenida Sete de Setembro, onde funcionavam redação, gerência e oficinas. O prédio foi construído pelo empreiteiro João Langaro, sendo construtor técnico Eduardo Bonesio, ambos responsáveis pela construção do Hotel Avenida. Em 4 de abril de 1932, nova mudança de sede, agora para o número 662 da Avenida Brasil.
 
Durante sua história, O Nacional foi ainda semanal e trissemanal, até passar a ter circulação diária, que começou na edição de número 509, em 2 de janeiro de 1930, já no tradicional formato standard (46 cm x 33 cm). Em editorial, o jornal baseava a decisão de circular todos os dias no aumento da venda avulsa entre janeiro e dezembro de 1929, que havia quintuplicado ao final do ano, “numa eloquente manifestação de aceitação pública”.
 
Em julho de 1932, com o início da Revolução Constitucionalista em São Paulo-SP, imediatamente se estabeleceu a censura da imprensa. O Nacional passou a ser impresso em apenas duas páginas e chegou a suspender sua circulação por 16 dias.
 
=== Múcio e Tarso de Castro ===
Em 1940, O Nacional passaria pela sua grande mudança, quando foi adquirido pelo jornalista {{Múcio de Castro}}, nascido em Passo Fundo em 8 de maio de 1915, então com 25 anos de idade, e que trabalhava no jornal. A partir daí, ficaria impossível separar O Nacional de seu novo proprietário.
 
Múcio de Castro também teve uma vida de intensa atividade social. Entre suas ações, foi um dos idealizadores e o primeiro "patrão" do CTG Lalau Miranda; membro fundador do Instituto Histórico de Passo Fundo; apoiador da criação da Universidade de Passo Fundo e deputado estadual pelo PTB em 1954. Casado com Ada Maria Postal de Castro, teve seis filhos: Gilka, Tarso, Paulo, Múcio, Mara e Vera.
 
Tarso seguiu os passos do pai e se transformou em um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro entre os anos 1960 e 1980, tendo criado o caderno "Folhetim" da Folha de S.Paulo e sido um dos fundadores do polêmico jornal O Pasquim no Rio de Janeiro em 1969.
 
O veterano jornalista morreria em casa no dia 31 de agosto de 1981, aos 66 anos, de mal súbito. Seu filho Múcio assumiria a direção e a presidência d’O Nacional em 1983. Múcio de Castro recebeu várias homenagens após sua morte. Desde 1982, dá nome a uma avenida no Loteamento César Santos. Também é o patrono da cadeira número 34 da Academia Passo-Fundense de Letras e tem um busto na Praça Marechal Floriano. Ainda, em 1990, o antigo prédio da Câmara Municipal passou a se chamar Teatro Municipal Múcio de Castro.
 
=== Atualmente ===
O jornal inauguraria seu site na internet no final de 1999. Em agosto de 2019, deixou de ser diário. Desde o início de abril de 2020, impactado pela crise econômica que se seguiu com a pandemia de covid-19, o jornal voltou a ser trissemanal (circulando às terças, quartas e sábados, na edição conjunta dos domingos). A redação e a administração funcionam na Rua Silva Jardim, no Bairro Annes.
 
== O primeiro editorial ==
Esta é a íntegra do editorial publicado na primeira edição de O Nacional em 19 de junho de 1925:
 
“Editado em oficinas de vida comercial independente, gozando de mão de obra farta e material em boas condições, O Nacional aparece hoje, com esperanças de longa vida no seio da população passo-fundense.
 
Fundado em tais intenções, mister é que digamos algo sobre o seu feitio moral: é preciso saber com quem se vive. Todo o nosso programa se resume nas duas palavras do cabeço: Jornal independente. Independente é aquele que vive por si e se dirige por seu próprio arbítrio sem sugestões estranhas; independente é quem não se acha preso em liames de partidarismo, é quem não está chumbado aos elos de uma fé nem coagido pelas necessidades da vida, ao amém eterno da subalternidade.
 
Ser independente é ser livre.
 
O primeiro dever de quem é livre é respeitar a liberdade alheia. Quem quer ser livre deve ser honrado, deve ser justo, deve pôr-se acima dos pequeninos interesses que pululam no seio das coletividades em formação, mas também deve ser enérgico e irredutível no culto da verdade. Nem abusar nem temer.


No dia 29 de fevereiro de 2020, a FGF, em parceria com o jornal humorístico O Bairrista, anunciava a FGFTV como seu novo canal oficial para transmissão ao vivo das competições. A intenção era "expandir o futebol do Rio Grande do Sul para o mundo todo através da internet, mantendo vívidos os ideais de fortalecer e valorizar o futebol daqui". Em um primeiro momento, os torcedores puderam acompanhar todas as partidas da Divisão de Acesso 2020.
Nós queremos ser livres.


Desde então, foram dezenas de jogos transmitidos, alguns com visíveis problemas de qualidade técnica. Assim mesmo, o canal conseguiu democratizar as transmissões, cumprindo um importante papel com os torcedores.
Não significa isso que afastemos de nós assuntos escabrosos como o são geralmente os políticos, os administrativos e os religiosos. Não; de todos falaremos si mister e nisso está a principal vantagem de quem tem os movimentos soltos.


Assim, foi possível acompanhar os recentes jogos de {{Gaúcho (Sport Clube Gaúcho)}} e {{Passo Fundo (Esporte Clube Passo Fundo)}} pelos campeonatos estaduais da Segunda e Terceira Divisões e Copa FGF.
O que significa é que em nenhum assunto interesses secundários nos irão desviar da reta que traçamos. Não pregaremos crenças porque não somos religiosos; não empreenderemos propagandas políticas porque não somos políticos; mas chegaremos à política e chegaremos a qualquer ideias ou fato quando ele interessar de perto a vida comum.


A FGFTV fazia transmissões gratuitas, mas também vendia pacotes, revertendo parte da assinatura para os clubes. O canal parou de transmitir ao final da temporada 2023.
Liberdade máxima dentro da máxima responsabilidade.


Eis o nosso lema.”
[[Categoria:Mídia]]
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[[Categoria:Mídia - Veículos]]
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Edição das 17h03min de 28 de julho de 2024

O Nacional
Informações
Nome completo O Nacional
Proprietário Theophilo Guimarães (inicial), Grupo ON de Comunicação (atual)
Atividade 1925-hoje
Endereço Rua Silva Jardim, 325 A (atual)
Fundadores Theophilo Guimarães, Herculano Araújo Annes,
Hyran de Araújo Bastos e Americano de Araújo Bastos
Slogan "Jornal independente" (inicial), "Na nossa cidade, na sua casa, na sua vida" (atual)
Formato Tabloide (atual)
Periodicidade trissemanal (terças, quartas e sexta, sábado e domingo) (atual)
Site onacional.com.br

O jornal O Nacional circulou pela primeira vez em 19 de junho de 1925, uma sexta-feira. Fundado pelo cruz-altense Theophilo Guimarães, tinha a direção de Herculano Araújo Annes e gerência de Hyran de Araújo Bastos e Americano de Araújo Bastos, substituídos em abril de 1929 por Gervasio Araújo Annes.

No início, o jornal era bissemanal, com impressão às quartas-feiras e sábados no formato tabloide (43 cm x 30,5 cm) e quatro páginas. Na capa, trazia desde a primeira edição o slogan de jornal "independente”. A redação e a gerência funcionavam na Livraria Nacional. Requintado, o logotipo do jornal foi desenhado pelo professor e artista Geolar Caminha e gravado em Porto Alegre, na clicheria da Editora Globo.

Em 15 de agosto de 1929, o jornal inaugurava sua sede própria na Avenida Sete de Setembro, onde funcionavam redação, gerência e oficinas. O prédio foi construído pelo empreiteiro João Langaro, sendo construtor técnico Eduardo Bonesio, ambos responsáveis pela construção do Hotel Avenida. Em 4 de abril de 1932, nova mudança de sede, agora para o número 662 da Avenida Brasil.

Durante sua história, O Nacional foi ainda semanal e trissemanal, até passar a ter circulação diária, que começou na edição de número 509, em 2 de janeiro de 1930, já no tradicional formato standard (46 cm x 33 cm). Em editorial, o jornal baseava a decisão de circular todos os dias no aumento da venda avulsa entre janeiro e dezembro de 1929, que havia quintuplicado ao final do ano, “numa eloquente manifestação de aceitação pública”.

Em julho de 1932, com o início da Revolução Constitucionalista em São Paulo-SP, imediatamente se estabeleceu a censura da imprensa. O Nacional passou a ser impresso em apenas duas páginas e chegou a suspender sua circulação por 16 dias.

Múcio e Tarso de Castro

Em 1940, O Nacional passaria pela sua grande mudança, quando foi adquirido pelo jornalista Predefinição:Múcio de Castro, nascido em Passo Fundo em 8 de maio de 1915, então com 25 anos de idade, e que trabalhava no jornal. A partir daí, ficaria impossível separar O Nacional de seu novo proprietário.

Múcio de Castro também teve uma vida de intensa atividade social. Entre suas ações, foi um dos idealizadores e o primeiro "patrão" do CTG Lalau Miranda; membro fundador do Instituto Histórico de Passo Fundo; apoiador da criação da Universidade de Passo Fundo e deputado estadual pelo PTB em 1954. Casado com Ada Maria Postal de Castro, teve seis filhos: Gilka, Tarso, Paulo, Múcio, Mara e Vera.

Tarso seguiu os passos do pai e se transformou em um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro entre os anos 1960 e 1980, tendo criado o caderno "Folhetim" da Folha de S.Paulo e sido um dos fundadores do polêmico jornal O Pasquim no Rio de Janeiro em 1969.

O veterano jornalista morreria em casa no dia 31 de agosto de 1981, aos 66 anos, de mal súbito. Seu filho Múcio assumiria a direção e a presidência d’O Nacional em 1983. Múcio de Castro recebeu várias homenagens após sua morte. Desde 1982, dá nome a uma avenida no Loteamento César Santos. Também é o patrono da cadeira número 34 da Academia Passo-Fundense de Letras e tem um busto na Praça Marechal Floriano. Ainda, em 1990, o antigo prédio da Câmara Municipal passou a se chamar Teatro Municipal Múcio de Castro.

Atualmente

O jornal inauguraria seu site na internet no final de 1999. Em agosto de 2019, deixou de ser diário. Desde o início de abril de 2020, impactado pela crise econômica que se seguiu com a pandemia de covid-19, o jornal voltou a ser trissemanal (circulando às terças, quartas e sábados, na edição conjunta dos domingos). A redação e a administração funcionam na Rua Silva Jardim, no Bairro Annes.

O primeiro editorial

Esta é a íntegra do editorial publicado na primeira edição de O Nacional em 19 de junho de 1925:

“Editado em oficinas de vida comercial independente, gozando de mão de obra farta e material em boas condições, O Nacional aparece hoje, com esperanças de longa vida no seio da população passo-fundense.

Fundado em tais intenções, mister é que digamos algo sobre o seu feitio moral: é preciso saber com quem se vive. Todo o nosso programa se resume nas duas palavras do cabeço: Jornal independente. Independente é aquele que vive por si e se dirige por seu próprio arbítrio sem sugestões estranhas; independente é quem não se acha preso em liames de partidarismo, é quem não está chumbado aos elos de uma fé nem coagido pelas necessidades da vida, ao amém eterno da subalternidade.

Ser independente é ser livre.

O primeiro dever de quem é livre é respeitar a liberdade alheia. Quem quer ser livre deve ser honrado, deve ser justo, deve pôr-se acima dos pequeninos interesses que pululam no seio das coletividades em formação, mas também deve ser enérgico e irredutível no culto da verdade. Nem abusar nem temer.

Nós queremos ser livres.

Não significa isso que afastemos de nós assuntos escabrosos como o são geralmente os políticos, os administrativos e os religiosos. Não; de todos falaremos si mister e nisso está a principal vantagem de quem tem os movimentos soltos.

O que significa é que em nenhum assunto interesses secundários nos irão desviar da reta que traçamos. Não pregaremos crenças porque não somos religiosos; não empreenderemos propagandas políticas porque não somos políticos; mas chegaremos à política e chegaremos a qualquer ideias ou fato quando ele interessar de perto a vida comum.

Liberdade máxima dentro da máxima responsabilidade.

Eis o nosso lema.”