Mariotti (José Antônio Mariotti): mudanças entre as edições

De Futebol de Passo Fundo
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'''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do [[Sport Clube Gaúcho|Gaúcho]].
'''José Antônio Mariotti''', também conhecido como '''Mariotti''' (Encantado-RS, 16 de janeiro de 1945 Porto Alegre-RS, 18 de fevereiro de 1996), foi um atacante do {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}}. É um dos principais goleadores da história rubra e um dos jogadores que mais vestiram a camisa do clube. Mariotti também marcou o primeiro gol do Estádio Vermelhão da Serra em 1969. Faz parte do {{Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo}}.


== História ==
== História ==
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''


Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
Em 1964, o 14 de Julho foi buscar no Juventude de Guaporé um atacante de força e fazedor de gols. Tratava-se de José Antônio Mariotti, nascido em Encantado, em 16 de janeiro de 1945, portanto, tinha apenas 19 anos de idade. Havia, antes do Juventude, defendido as cores do Ipiranga de Sarandi. Chegando a Passo Fundo ganhou o apelido de Gringo Mariotti. Em sua dentição, um brilhante dente de ouro. Ganhou a posição pelos bons treinamentos, pelo técnico {{Egydio Reolon (Egydio João Reolon)}}.


Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.
Atuava pela direita do ataque. Num esquema em que se revezava com outro recém-contratado, {{Tuta (Carlos Veríssimo da Silva)}}, trocavam de posição durante o jogo, pela ponta-direita ou meia-direita. O ataque arrasador do 14 de Julho marcou muitos gols e era formado por Mariotti, Tuta, {{Armando Rebechi}} e {{Zoca (Urbem José Machado)}}. Municiado pelo incansável meio de campo composto por {{Délio (Délio Viana de Oliveira)}} e {{Ubiratan (Obiratan Lopes Ramires)}}, ambos técnicos e de constante movimentação. Era muito bom o time do 14 de Julho.


Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
Chegou ao final da competição empatado com o Atlântico de Erechim na primeira colocação. Na superdecisão, o 14 de Julho venceu por 1 a 0, gol de pênalti, depois de jogada de Mariotti e convertido por Tuta. Nesse 1964, o 14 disputou, na fase estadual da segunda divisão, mais duas decisões em três partidas. Ficou na fase semifinal, quando perdeu nos pênaltis para o Avenida.


Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
Nos anos seguintes Mariotti continuou defendendo as cores alvirrubras. Foi vice-campeão regional em 1965 e 1966. Em 1967, o clube foi até a fase final da competição. E, em 1968, a grande consagração.


Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.
Vale salientar que, desde 1964, Mariotti sempre foi titular do 14 de Julho. Não atuando apenas nas raras vezes que se lesionava. O técnico Armando Rebechi, que havia abandonado o futebol no ano anterior, escalou Mariotti na função de centroavante. {{Liminha (Luiz Cláudio da Silva Lima)}}, {{Arthur (Arthur Andrade de Moraes)}}, Mariotti e {{Antoninho (Nelci Antônio Santos Rocha)}} era o ataque do 14 de Julho nas partidas iniciais da segundona. E Mariotti desandou a marcar gols. Passando para a fase final, o 14 de Julho foi às compras e trouxe emprestado ao Guarany de Bagé o afamado centroavante {{Abílio (Abílio Rodrigues Chaves)}}, que era muito bom o tomou conta da posição. Assim, Mariotti retornou à sua posição original, na direita. Mariotti, {{Pedruca (João Pedro Marques Tafernaberry)}}, Abílio e {{Picão (Sadi Paz Gatto)}}, com {{Zé Carlos (José Carlos Cézar Alves)}} e {{Santarém (Antonio Carlos Lemos Santarém)}} no meio de campo. O 14 de Julho foi batendo seus adversários e, contra o Veterano de Carazinho, conquistou o título de sua chave e o direito de disputar a elite do futebol do Rio Grande do Sul no ano seguinte. Mas tinha mais. Uma vitória emocionante contra o Internacional de Santa Maria, no velho {{Estádio Celso Fiori}}, deu ao clube o inédito título estadual da segunda divisão. Mariotti, assim como Santarém, Pedruca, Zé Carlos, Picão, Tuta, Abílio, {{Tomé (Ezequiel de Castro)}} e outros, foram os heróis da torcida quatorzeana.


Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
Em março, na inauguração do majestoso, porém, ainda inacabado {{Estádio Vermelhão da Serra}}, que a princípio seria chamado de Estádio Olímpico, o 14 de Julho bateu o Aimoré de São Leopoldo por 2 a 0. Mariotti teve a primazia e entrou para a história do estádio, marcando o primeiro gol do jogo.


Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
Ainda em 1970, defendeu o 14 de Julho. Continuou jogando bem, marcando gols, sendo titular, mas o desgaste de tanto tempo no mesmo clube era evidente. No final da temporada o 14 de Julho ficou entre os finalistas da competição, mas foi a derradeira de Mariotti vestindo vermelho e branco.


No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
Recebeu proposta do Esportivo e para Bento Gonçalves se transferiu. O time era comandado pelo mestre Ênio Andrade. Foi um grande ano para o Esportivo. Ao final do gauchão, ficou na terceira colocação e o título simbólico de campeão ao interior, além de uma sonora goleada aplicada em cima do Grêmio Porto-Alegrense, por 5 a 2, no Estádio da Montanha. Lairton, centroavante marcou quatro vezes e Mariotti, entrando no segundo tempo, em lugar de Décio, fez o dele.


Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
No ano seguinte foi emprestado pelo Esportivo ao Guarany de Bagé. Jogou muito bem e foi titular. Regressou ao Esportivo, mas, lesionou-se e não conseguiu repetir a mesma performance. Teve uma breve passagem, em 1973, na Associação Veranópolis, clube embrionário do Veranense. E, quem o contratou foi o Ypiranga de Erechim. Permaneceu dois anos com a camisa canarinha e depois defendeu o rival Atlântico, já no limiar de sua vida esportiva no futebol.


Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
Mariotti, misto de ponteiro-direito, meia-direita e centroavante, que tinha como principais características um futebol aguerrido, de muita força, vibração, chute forte e muitos gols, porém, não isento de técnica, deixou o futebol profissional defendendo a Associação Alegrete de Futebol, em 1975, aos 30 anos de idade.


Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
Em 2004, quando eu estava realizando pesquisas para o livro Enciclopédia do Futebol Gaúcho, fui informado, em Porto Alegre, que Mariotti havia falecido. Foi no dia 20 de fevereiro de 1996, em razão de complicações da cirrose hepática que vinha tratando há muitos anos depois de contrair hepatite C ainda quando atleta.
 
== A aventura na Argentina ==
Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.


== Honras ==
== Honras ==


* 9º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (232)
* 3º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (170)
* 3º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (60)
* jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (52)
* 11º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (56)
* 11º jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (27)
* Melhor jogador do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1966
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do Gaúcho como atacante
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como atacante
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
* Autor do primeiro gol do Estádio Vermelhão da Serra


== Carreira como jogador ==
== Carreira como jogador ==
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== Carreira como técnico ==
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Edição das 20h53min de 23 de julho de 2024

Mariotti
⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo José Antônio Mariotti
Nascimento 16.01.1945
Local Encantado-RS
Falecimento 20.02.1996, aos 51 anos
Local Porto Alegre-RS
Carreira em Passo Fundo
Jogador
Posição Meia, atacante
Equipes 1964-1970 - 14 de Julho

José Antônio Mariotti, também conhecido como Mariotti (Encantado-RS, 16 de janeiro de 1945 — Porto Alegre-RS, 18 de fevereiro de 1996), foi um atacante do 14 de Julho. É um dos principais goleadores da história rubra e um dos jogadores que mais vestiram a camisa do clube. Mariotti também marcou o primeiro gol do Estádio Vermelhão da Serra em 1969. Faz parte do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo.

História

  • Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol

Em 1964, o 14 de Julho foi buscar no Juventude de Guaporé um atacante de força e fazedor de gols. Tratava-se de José Antônio Mariotti, nascido em Encantado, em 16 de janeiro de 1945, portanto, tinha apenas 19 anos de idade. Havia, antes do Juventude, defendido as cores do Ipiranga de Sarandi. Chegando a Passo Fundo ganhou o apelido de Gringo Mariotti. Em sua dentição, um brilhante dente de ouro. Ganhou a posição pelos bons treinamentos, pelo técnico Egydio Reolon.

Atuava pela direita do ataque. Num esquema em que se revezava com outro recém-contratado, Tuta, trocavam de posição durante o jogo, pela ponta-direita ou meia-direita. O ataque arrasador do 14 de Julho marcou muitos gols e era formado por Mariotti, Tuta, Armando Rebechi e Zoca. Municiado pelo incansável meio de campo composto por Délio e Ubiratan, ambos técnicos e de constante movimentação. Era muito bom o time do 14 de Julho.

Chegou ao final da competição empatado com o Atlântico de Erechim na primeira colocação. Na superdecisão, o 14 de Julho venceu por 1 a 0, gol de pênalti, depois de jogada de Mariotti e convertido por Tuta. Nesse 1964, o 14 disputou, na fase estadual da segunda divisão, mais duas decisões em três partidas. Ficou na fase semifinal, quando perdeu nos pênaltis para o Avenida.

Nos anos seguintes Mariotti continuou defendendo as cores alvirrubras. Foi vice-campeão regional em 1965 e 1966. Em 1967, o clube foi até a fase final da competição. E, em 1968, a grande consagração.

Vale salientar que, desde 1964, Mariotti sempre foi titular do 14 de Julho. Não atuando apenas nas raras vezes que se lesionava. O técnico Armando Rebechi, que havia abandonado o futebol no ano anterior, escalou Mariotti na função de centroavante. Liminha, Arthur, Mariotti e Antoninho era o ataque do 14 de Julho nas partidas iniciais da segundona. E Mariotti desandou a marcar gols. Passando para a fase final, o 14 de Julho foi às compras e trouxe emprestado ao Guarany de Bagé o afamado centroavante Abílio, que era muito bom o tomou conta da posição. Assim, Mariotti retornou à sua posição original, na direita. Mariotti, Pedruca, Abílio e Picão, com Zé Carlos e Santarém no meio de campo. O 14 de Julho foi batendo seus adversários e, contra o Veterano de Carazinho, conquistou o título de sua chave e o direito de disputar a elite do futebol do Rio Grande do Sul no ano seguinte. Mas tinha mais. Uma vitória emocionante contra o Internacional de Santa Maria, no velho Estádio Celso Fiori, deu ao clube o inédito título estadual da segunda divisão. Mariotti, assim como Santarém, Pedruca, Zé Carlos, Picão, Tuta, Abílio, Tomé e outros, foram os heróis da torcida quatorzeana.

Em março, na inauguração do majestoso, porém, ainda inacabado Estádio Vermelhão da Serra, que a princípio seria chamado de Estádio Olímpico, o 14 de Julho bateu o Aimoré de São Leopoldo por 2 a 0. Mariotti teve a primazia e entrou para a história do estádio, marcando o primeiro gol do jogo.

Ainda em 1970, defendeu o 14 de Julho. Continuou jogando bem, marcando gols, sendo titular, mas o desgaste de tanto tempo no mesmo clube era evidente. No final da temporada o 14 de Julho ficou entre os finalistas da competição, mas foi a derradeira de Mariotti vestindo vermelho e branco.

Recebeu proposta do Esportivo e para Bento Gonçalves se transferiu. O time era comandado pelo mestre Ênio Andrade. Foi um grande ano para o Esportivo. Ao final do gauchão, ficou na terceira colocação e o título simbólico de campeão ao interior, além de uma sonora goleada aplicada em cima do Grêmio Porto-Alegrense, por 5 a 2, no Estádio da Montanha. Lairton, centroavante marcou quatro vezes e Mariotti, entrando no segundo tempo, em lugar de Décio, fez o dele.

No ano seguinte foi emprestado pelo Esportivo ao Guarany de Bagé. Jogou muito bem e foi titular. Regressou ao Esportivo, mas, lesionou-se e não conseguiu repetir a mesma performance. Teve uma breve passagem, em 1973, na Associação Veranópolis, clube embrionário do Veranense. E, quem o contratou foi o Ypiranga de Erechim. Permaneceu dois anos com a camisa canarinha e depois defendeu o rival Atlântico, já no limiar de sua vida esportiva no futebol.

Mariotti, misto de ponteiro-direito, meia-direita e centroavante, que tinha como principais características um futebol aguerrido, de muita força, vibração, chute forte e muitos gols, porém, não isento de técnica, deixou o futebol profissional defendendo a Associação Alegrete de Futebol, em 1975, aos 30 anos de idade.

Em 2004, quando eu estava realizando pesquisas para o livro Enciclopédia do Futebol Gaúcho, fui informado, em Porto Alegre, que Mariotti havia falecido. Foi no dia 20 de fevereiro de 1996, em razão de complicações da cirrose hepática que vinha tratando há muitos anos depois de contrair hepatite C ainda quando atleta.

Honras

  • 3º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (170)
  • 2º jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (52)
  • Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
  • Autor do primeiro gol do Estádio Vermelhão da Serra

Carreira como jogador

Ano Equipe J G CA CV
1964 14 de Julho 17 4 0 0
1965 14 de Julho 6 3 0 0
1966 14 de Julho 25 8 0 0
1967 14 de Julho 32 7 0 0
1968 14 de Julho 31 8 0 0
1969 14 de Julho 32 11 0 0
1970 14 de Julho 27 11 0 0
Total 170 52 0 0