Eloy Taschetto (Eloy Selésio Taschetto): mudanças entre as edições

De Futebol de Passo Fundo
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Em agosto de 2008, o patrono tinha que encarar mais um grande desafio: o Estádio Vermelhão da Serra seria leiloado para o pagamento da dívida do clube com o FGTS, contraída na época do 14 de Julho. Os dirigentes encaminharam um pedido de embargo da penhora do estádio, que foi avaliado em R$ 2,8 milhões em setembro de 2007. Além disso, o imóvel possuía um débito de IPTU de R$ 14 mil. Taschetto contestou os dois valores: “Se o estádio não vale mais de R$ 5 milhões então estou fora da realidade.” Sobre a dívida municipal, ele alegou equívoco da prefeitura. “Tantas instituições têm isenção da taxa e nós teremos que pagar?”, questionava. Para evitar a perda do estádio, Taschetto disse que recorreria aos torcedores: “Não vamos perder o estádio de jeito nenhum. Faremos rifa de carro, promoção nos jogos da Copa FGF, tudo que estiver ao nosso alcance.” Nada disso foi preciso. O leilão foi suspenso. Cansado, Taschetto encerrava sua história como presidente do clube no mesmo ano, ainda que nunca tenha deixado de participar das decisões do tricolor, mesmo que nos bastidores.
Em agosto de 2008, o patrono tinha que encarar mais um grande desafio: o Estádio Vermelhão da Serra seria leiloado para o pagamento da dívida do clube com o FGTS, contraída na época do 14 de Julho. Os dirigentes encaminharam um pedido de embargo da penhora do estádio, que foi avaliado em R$ 2,8 milhões em setembro de 2007. Além disso, o imóvel possuía um débito de IPTU de R$ 14 mil. Taschetto contestou os dois valores: “Se o estádio não vale mais de R$ 5 milhões então estou fora da realidade.” Sobre a dívida municipal, ele alegou equívoco da prefeitura. “Tantas instituições têm isenção da taxa e nós teremos que pagar?”, questionava. Para evitar a perda do estádio, Taschetto disse que recorreria aos torcedores: “Não vamos perder o estádio de jeito nenhum. Faremos rifa de carro, promoção nos jogos da Copa FGF, tudo que estiver ao nosso alcance.” Nada disso foi preciso. O leilão foi suspenso. Cansado, Taschetto encerrava sua história como presidente do clube no mesmo ano, ainda que nunca tenha deixado de participar das decisões do tricolor, mesmo que nos bastidores.


Em 2019, na mais nova crise do Passo Fundo, o patrono liderava o Conselho Consultivo, que precisou analisar a renúncia do presidente {{Selvino Ferrão}}. Segundo alguns integrantes do conselho, o clube estava prestes a fechar. Emocionado, Taschetto disse: “enquanto eu estiver vivo, o Passo Fundo não acaba.” {{Moisés Alves}}, que assumiu a presidência, renunciaria também, menos de dois meses depois. Em seu lugar assumia um colegiado formado por Taschetto, {{Ivanir Rodighiero}}, {{Luiz Valério}}, {{Alberto Poltronieri}}, {{Rovílio Siviero}} e {{Volnei Strapasson}}. Com Strapasson eleito presidente e o clube estabilizado, Taschetto tinha a certeza que mais uma vez havia salvo o tricolor.
Em 2019, na mais nova crise do Passo Fundo, o patrono liderava o Conselho Consultivo, que precisou analisar a renúncia do presidente {{Selvino Ferrão (Selvino Adair Ferrão)}}. Segundo alguns integrantes do conselho, o clube estava prestes a fechar. Emocionado, Taschetto disse: “enquanto eu estiver vivo, o Passo Fundo não acaba.” {{Moisés Alves}}, que assumiu a presidência, renunciaria também, menos de dois meses depois. Em seu lugar assumia um colegiado formado por Taschetto, {{Ivanir Rodighiero}}, {{Luiz Valério}}, {{Alberto Poltronieri}}, {{Rovílio Siviero}} e {{Volnei Strapasson}}. Com Strapasson eleito presidente e o clube estabilizado, Taschetto tinha a certeza que mais uma vez havia salvo o tricolor.


== Vida pessoal ==
== Vida pessoal ==

Edição atual tal como às 19h31min de 14 de julho de 2024

AdairEloy Taschetto
👤Patrono do Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo Eloy Selésio Taschetto
Nascimento 29.11.1933
Local Cachoeira do Sul-RS
Falecimento 15.09.2020, aos 86 anos
Local Passo Fundo
Ocupação Empresário
Carreira em Passo Fundo
Dirigente
Equipes 14 de Julho
Passo Fundo

Eloy Selésio Taschetto, também conhecido como Eloy Taschetto ou Elói Taschetto (Cachoeira do Sul-RS, 29 de novembro de 1933 — Passo Fundo, 15 de setembro de 2020), foi ex-presidente do 14 de Julho e do Passo Fundo. Principal dirigente por várias gestões do clube tricolor, foi eleito o patrono do clube.

História

Nascido em Cachoeira do Sul em 29 de novembro de 1933, Eloy Taschetto chegou a Passo Fundo em 28 de fevereiro de 1961, com 27 anos de idade. Fazia questão de contar que "de tanto que gostava da cidade", lembrava exatamente quando chegou com a sua família.

Apaixonado por esporte, era ligado ao 14 de Julho . Em 1972, durante uma das tantas crises do colorado, assumiu a presidência do clube uma semana antes do início do Campeonato Gaúcho. Mas as dificuldades eram enormes (a Federação Gaúcha de Futebol adiou a estreia do 14 de Julho porque o time não tinha sequer um jogador inscrito) e, no final do ano, durante uma reunião da diretoria realizada no Centro Social Santa Terezinha, decidiu-se pelo pedido de licença por tempo indeterminado junto à FGF (o 14 de Julho só voltaria em 1976).

Taschetto foi um dos principais nomes na criação do Esporte Clube Passo Fundo, nascido da fusão (temporária) com o Gaúcho em 10 de janeiro de 1986. Acabou eleito seu primeiro presidente, cargo que ocuparia até 1991 (e depois em outras duas passagens entre 1999 e 2000 e entre 2006 e 2008). O que pouca gente lembra ou mesmo sabe é que o primeiro escudo do Passo Fundo foi sugestão de Taschetto: ramos de trigo e de soja surgem de mãos entrelaçadas em atitude de união. Ainda em seu primeiro ano, já erguia a taça de campeão gaúcho da Segunda Divisão (hoje a Série A2).

Em 1993, no dia do sétimo aniversário do clube, foi escolhido patrono do Passo Fundo e o Estádio Vermelhão da Serra passou a ter seu nome. Em um momento turbulento no clube, Taschetto pediu para que se voltasse ao nome original, além de renunciar ao título recebido (posteriormente, aceitaria a homenagem).

Em 2007, cinco horas antes de encerrar o prazo de inscrições para a disputa da Segunda Divisão de 2007, enviou um fax ao presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto Neto, onde dizia que “face a problemas financeiros em que o clube se enfrentava”, o Passo Fundo desistia de disputar o campeonato, retornando em 2008”. Na época, Taschetto argumentou que o clube conseguia manter apenas dois funcionários: “um zelador e uma faxineira”. As despesas também eram altas com a utilização dos refletores, além de financiamentos na Caixa Econômica Federal e de uma caminhonete e impostos atrasados, como INSS e FGTS.

Ainda com as portas do clube fechadas, Taschetto fez outra mudança naquele ano: recolocou a cor verde no escudo e no uniforme do Passo Fundo, retirada pelo Conselho Deliberativo em 2004. A estreia da nova camisa, contra o São Luiz pelo Gauchão de juvenis, veio com vitória por 2 a 1 no Vermelhão da Serra.

Em agosto de 2008, o patrono tinha que encarar mais um grande desafio: o Estádio Vermelhão da Serra seria leiloado para o pagamento da dívida do clube com o FGTS, contraída na época do 14 de Julho. Os dirigentes encaminharam um pedido de embargo da penhora do estádio, que foi avaliado em R$ 2,8 milhões em setembro de 2007. Além disso, o imóvel possuía um débito de IPTU de R$ 14 mil. Taschetto contestou os dois valores: “Se o estádio não vale mais de R$ 5 milhões então estou fora da realidade.” Sobre a dívida municipal, ele alegou equívoco da prefeitura. “Tantas instituições têm isenção da taxa e nós teremos que pagar?”, questionava. Para evitar a perda do estádio, Taschetto disse que recorreria aos torcedores: “Não vamos perder o estádio de jeito nenhum. Faremos rifa de carro, promoção nos jogos da Copa FGF, tudo que estiver ao nosso alcance.” Nada disso foi preciso. O leilão foi suspenso. Cansado, Taschetto encerrava sua história como presidente do clube no mesmo ano, ainda que nunca tenha deixado de participar das decisões do tricolor, mesmo que nos bastidores.

Em 2019, na mais nova crise do Passo Fundo, o patrono liderava o Conselho Consultivo, que precisou analisar a renúncia do presidente Selvino Ferrão. Segundo alguns integrantes do conselho, o clube estava prestes a fechar. Emocionado, Taschetto disse: “enquanto eu estiver vivo, o Passo Fundo não acaba.” Moisés Alves, que assumiu a presidência, renunciaria também, menos de dois meses depois. Em seu lugar assumia um colegiado formado por Taschetto, Ivanir Rodighiero, Luiz Valério, Alberto Poltronieri, Rovílio Siviero e Bebeto. Com Strapasson eleito presidente e o clube estabilizado, Taschetto tinha a certeza que mais uma vez havia salvo o tricolor.

Vida pessoal

Eloy Taschetto começou trabalhando na agricultura e, posteriormente, no comércio de cereais, sendo pioneiro no recebimento de soja na região. Logo se envolveu com a comunidade do bairro Santa Terezinha, onde morava. Foi um dos fundadores do clube da comunidade, auxiliando primeiro na construção do salão paroquial e depois na do Centro Social Santa Terezinha (que anos mais tarde se tornaria o Campestre Tênis Clube e que, em 1992, se uniria ao Clube Caixeiral). O empresário também teve participação na política e disputou por duas vezes o cargo de prefeito de Passo Fundo pelo extinto Partido Democrático Social (PDS). Em 1988, acabou na segunda colocação. Depois, em 1992, ficou em terceiro lugar.

Taschetto casou com Luci Terezinha em 19 de junho de 1958 em Restinga Seca-RS. O casal teve três filhos: Maria Teresa, Ana Rita e Marcos.

O patrono e “eterno presidente” do Passo Fundo morreria na manhã do dia 15 de setembro de 2020, aos 86 anos. Taschetto tinha passado recentemente por uma cirurgia numa artéria devido a um problema de visão. Com a saúde bastante debilitada, precisou ser novamente internado, agora com um problema vascular cerebral, falecendo pouco tempo depois. O velório aconteceu no Memorial Vera Cruz e seu corpo foi cremado.

Honras

  • Patrono do Passo Fundo