Serginho (Sérgio Rubens Mariano): mudanças entre as edições
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|'''<small>Nome completo</small>''' | |'''<small>Nome completo</small>''' | ||
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|<small> | |<small>1967-1971 - Gaúcho<br>1972-1972 - 14 de Julho<br>1972-1977 - Gaúcho</small> | ||
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''' | '''Sérgio Rubens Mariano''', também conhecido como '''Serginho''' (Passo Fundo, 24 de fevereiro de 1951 — Passo Fundo, 30 de maio de 2009), foi um ponta-esquerda de grande consciência tática e de entrega ao time. É um dos jogadores que mais vestiram a camisa do {{Gaúcho (Sport Clube Gaúcho)}} na história. Também teve uma rápida passagem pelo {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}}, mas acabou voltando ao alviverde. | ||
== História == | == História == | ||
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol'' | *''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol'' | ||
Muito jovem, Serginho chamava a atenção ao seu futebol jogando pelo {{Instituto Educacional}} do qual era aluno. Na verdade, era um atleta. Jogava futebol, futebol de salão, vôlei e basquete. Sergio Rubens Mariano, este era seu nome, nasceu em Passo Fundo, no Boqueirão, em 24 de fevereiro de 1951. Filho de pais metodistas, foi criado com a melhor educação. Estudioso e tímido. Assim era Serginho. | |||
Bom jogador, constantemente se dirigia ao {{Estádio Wolmar Salton (1957)}} com as chuteiras debaixo dos braços para treinar no time reserva, aliás, completava o time reserva. Também, paralelamente ao IE, jogava no {{Independente (Independente Grêmio Atlético de Amadores)}}, outro clube do Boqueirão. Em 1967, com seu clube de coração disputando a divisão de honra do futebol gaúcho, assinou o primeiro contrato profissional. | |||
Serginho usava muito a perna esquerda, jogando avançado por aquele setor. Mas, tinha consciência tática. Jogava aberto pela esquerda, mas recuava para ajudar na armação das jogadas e fechar o meio quando seu time não tinha a bola. Possuía muito boa técnica e inteligência para jogar. Exercia com maestria a função que lhe era delegada. | |||
Era reserva de {{Antoninho (Antônio Ávila Neto)}}, depois de {{Adilson (Adilson Ayres)}}, {{Ramiro (Luiz Márcio Ferreira da Silva)}}, {{Wilson Canhoto (Uilson Ferreira da Silva)}} e outros que o clube contratava. Prata da casa, não era muito valorizado. Ficou no Gaúcho, entre titular e reserva, até o começo de 1972. Nesse ano, o alviverde o dispensou. Serginho foi procurado então pelo 14 de Julho, com quem assinou contrato. Porém, o momento dos rubros era péssimo e Serginho não se sentiu bem com a camisa encarnada. Foram poucos jogos, participação breve e modesta. Ainda em 1972, retornou ao Gaúcho, que, percebendo seu equívoco, o recebeu de braços abertos. | |||
Até 1976, Serginho foi titular absoluto do Gaúcho. Já era formado pela faculdade de Educação Física da Universidade de Passo Fundo. Em 1973, o Gaúcho tinha um ataque chamado de "ataque universitário". Composto por {{Leivinha (Valdir Scarsi)}} (aluno de Educação Física), {{Luiz Freire (Luiz Arnoldo Ellwanger Freire)}} (aluno de Medicina), {{Bebeto (Alberto Vilasboas dos Reis)}} (aluno de Educação Física) e Serginho (aluno de Educação Física). | |||
Em 1976, o Gaúcho formou seu último grande time. Sua base titular era: {{Ronaldo (Ronaldo Gomes de Oliveira)}}, {{Betinho (José Valmor dos Santos Rosa)}}, {{Mário Tito (Paulo Francisco Faccio)}}, {{Gringo (Artur Nicolodi de Oliveira)}} e {{Cláudio (Cláudio Roberto Pedroso)}}; {{Jair (Jair dos Santos Pacheco)}}, {{Roberto (Manoel Roberto Antonello)}} e {{Pedro (José Pedro Agapito Rodrigues)}}; {{Mosquito (Santos Ademar Martins)}}, Bebeto e Serginho. Ao final do campeonato gaúcho, o time se desfez. Saíram Pedro, Bebeto, Mosquito e Serginho. Pedro foi para o Internacional, Mosquito para o futebol catarinense, e Bebeto e Serginho para o Caxias. | |||
No | No Caxias, Serginho foi titular. Jogou o Campeonato Brasileiro da Série A e teve participações brilhantes com a camisa grená. Atuou ao lado de seus ex-companheiros, além de Bebeto, Leivinha e Roberto. Além de grandes nomes do futebol gaúcho, como Cedenir, Clóvis, Paulo César Tatu e outros. | ||
Jogou profissionalmente até 1982 e abandonou o futebol. Passou a exercer a função de professor de Educação Física e passou a jogar no forte futebol amador de Caxias do Sul, defendendo o Vasco da Gama e, depois, o Bangu. | |||
Aposentado, retornou a residir em Passo Fundo. Serginho, além de tímido, não era afeito a festas, às bebidas, à noite. Mas, o mal que dizimou muitos jogadores de futebol, em especial do Gaúcho, o atingiu em cheio. A hepatite tipo C. Após detectar a doença, foi hospitalizado e faleceu pouco tempo após, no dia 30 de maio de 2009. | |||
== Honras == | |||
* 7º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (278) | |||
* 12º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (32) | |||
* Integrante do {{Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo}} | |||
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== Carreira como jogador == | == Carreira como jogador == | ||
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[[Categoria:Jogadores do Gaúcho]] | [[Categoria:Jogadores do Gaúcho]] | ||
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Edição atual tal como às 21h55min de 23 de julho de 2024
Sérgio Rubens Mariano, também conhecido como Serginho (Passo Fundo, 24 de fevereiro de 1951 — Passo Fundo, 30 de maio de 2009), foi um ponta-esquerda de grande consciência tática e de entrega ao time. É um dos jogadores que mais vestiram a camisa do Gaúcho na história. Também teve uma rápida passagem pelo 14 de Julho, mas acabou voltando ao alviverde.
História
- Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol
Muito jovem, Serginho chamava a atenção ao seu futebol jogando pelo Instituto Educacional do qual era aluno. Na verdade, era um atleta. Jogava futebol, futebol de salão, vôlei e basquete. Sergio Rubens Mariano, este era seu nome, nasceu em Passo Fundo, no Boqueirão, em 24 de fevereiro de 1951. Filho de pais metodistas, foi criado com a melhor educação. Estudioso e tímido. Assim era Serginho.
Bom jogador, constantemente se dirigia ao Estádio Wolmar Salton com as chuteiras debaixo dos braços para treinar no time reserva, aliás, completava o time reserva. Também, paralelamente ao IE, jogava no Independente, outro clube do Boqueirão. Em 1967, com seu clube de coração disputando a divisão de honra do futebol gaúcho, assinou o primeiro contrato profissional.
Serginho usava muito a perna esquerda, jogando avançado por aquele setor. Mas, tinha consciência tática. Jogava aberto pela esquerda, mas recuava para ajudar na armação das jogadas e fechar o meio quando seu time não tinha a bola. Possuía muito boa técnica e inteligência para jogar. Exercia com maestria a função que lhe era delegada.
Era reserva de Antoninho, depois de Adilson, Ramiro, Wilson Canhoto e outros que o clube contratava. Prata da casa, não era muito valorizado. Ficou no Gaúcho, entre titular e reserva, até o começo de 1972. Nesse ano, o alviverde o dispensou. Serginho foi procurado então pelo 14 de Julho, com quem assinou contrato. Porém, o momento dos rubros era péssimo e Serginho não se sentiu bem com a camisa encarnada. Foram poucos jogos, participação breve e modesta. Ainda em 1972, retornou ao Gaúcho, que, percebendo seu equívoco, o recebeu de braços abertos.
Até 1976, Serginho foi titular absoluto do Gaúcho. Já era formado pela faculdade de Educação Física da Universidade de Passo Fundo. Em 1973, o Gaúcho tinha um ataque chamado de "ataque universitário". Composto por Leivinha (aluno de Educação Física), Luiz Freire (aluno de Medicina), Bebeto (aluno de Educação Física) e Serginho (aluno de Educação Física).
Em 1976, o Gaúcho formou seu último grande time. Sua base titular era: Ronaldo, Betinho, Mário Tito, Gringo e Cláudio; Jair, Roberto e Pedro; Mosquito, Bebeto e Serginho. Ao final do campeonato gaúcho, o time se desfez. Saíram Pedro, Bebeto, Mosquito e Serginho. Pedro foi para o Internacional, Mosquito para o futebol catarinense, e Bebeto e Serginho para o Caxias.
No Caxias, Serginho foi titular. Jogou o Campeonato Brasileiro da Série A e teve participações brilhantes com a camisa grená. Atuou ao lado de seus ex-companheiros, além de Bebeto, Leivinha e Roberto. Além de grandes nomes do futebol gaúcho, como Cedenir, Clóvis, Paulo César Tatu e outros.
Jogou profissionalmente até 1982 e abandonou o futebol. Passou a exercer a função de professor de Educação Física e passou a jogar no forte futebol amador de Caxias do Sul, defendendo o Vasco da Gama e, depois, o Bangu.
Aposentado, retornou a residir em Passo Fundo. Serginho, além de tímido, não era afeito a festas, às bebidas, à noite. Mas, o mal que dizimou muitos jogadores de futebol, em especial do Gaúcho, o atingiu em cheio. A hepatite tipo C. Após detectar a doença, foi hospitalizado e faleceu pouco tempo após, no dia 30 de maio de 2009.
Honras
- 7º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (278)
- 12º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (32)
- Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Carreira como jogador
Ano | Equipe | J | G | CA | CV |
---|---|---|---|---|---|
1967 | Gaúcho | 3 | 0 | 0 | 0 |
1968 | Gaúcho | 14 | 4 | 0 | 0 |
1969 | Gaúcho | 4 | 0 | 0 | 0 |
1970 | Gaúcho | 33 | 3 | 0 | 0 |
1971 | Gaúcho | 26 | 0 | 0 | 0 |
1972 | 14 de Julho | 8 | 3 | 0 | 0 |
1972 | Gaúcho | 9 | 1 | 0 | 0 |
1973 | Gaúcho | 41 | 2 | 0 | 1 |
1974 | Gaúcho | 34 | 3 | 0 | 0 |
1975 | Gaúcho | 47 | 8 | 1 | 0 |
1976 | Gaúcho | 28 | 3 | 0 | 0 |
1977 | Gaúcho | 39 | 8 | 0 | 0 |
Total | 286 | 35 | 1 | 1 |