Rasga-Diabo (Alfredo de Oliveira): mudanças entre as edições

De Futebol de Passo Fundo
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(Criou página com ''''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 — Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do Gaúcho. {| class="wikitable" style="float: right; margin-left: 20px; margin-top: -5px; width=100%" ! colspan="2" |Adair |- align="center" | colspan="2" |semmoldura |- ! colspan="2" |<small>Informações pessoais</small> |- |'''<small>Nome...')
 
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'''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 — Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do [[Sport Clube Gaúcho|Gaúcho]].
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|<small>Adair Lopes Bicca</small>
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|'''<small>Equipes</small>'''
|<small>1965-1966: Gaúcho</small><br><small>1966-1967: Gaúcho</small>
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|<small>1976-1976: Gaúcho</small>
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|<small>1976-1976: Gaúcho</small>
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'''Alfredo de Oliveira''', também conhecido como '''Alfredo Rasga-Diabo''', '''Rasga-Diabo''' ou '''Rasga''' (Local de nascimento não conhecido, 19 de outubro de 1909 — Porto Alegre-RS, data de falecimento não conhecida), foi um zagueiro do {{Cruzeiro (Sport Club Cruzeiro)}} e do {{Rio Grandense (Rio Grandense Foot Ball Club)}} temido pela violência dentro de campo.


== História ==
== História ==
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''


Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
Vocês sabem aquele zagueiro de roça? Zagueiro que não tem nenhuma intimidade com a bola? Porém, tem força, raça, rebate a bola para o lado em que está virado e bate sem nenhum escrúpulo. Claro que em peladas já devem ter visto. Em Passo Fundo, um emblema de jogador com essa titulação era chamado pelo singelo e simpático apelido de Alfredo Rasga-Diabo ou só Rasga-Diabo. Assim é que aparecia nas escalações que os jornais publicavam.
 
Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.
 
Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
 
Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
 
Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.


Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
No começo da década de 1930, Rasga-Diabo era zagueiro do time do Cruzeiro da Brigada Militar. Naturalmente, era brigadiano. Em 1938, uma determinação do alto comando da Brigada extinguiu o time e o retirou da Federação Rio Grandense de Futebol. O velho Rio Grandense, o time dos ferroviários, aproveitou a maioria dos atletas do Cruzeiro, dando-lhes emprego na Viação Férrea. Lá foi Rasga-Diabo trabalhar como guarda-freios e jogar com a camisa rubro-esmeralda, como chamavam o clube.


Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
As histórias que contam de Rasga-Diabo parecem inverossímeis. Uma delas é clássica para definir Rasga-Diabo. O Rio Grandense tinha um campo na Avenida Presidente Vargas, na época Avenida Mauá com a hoje Rua Daltro Filho, que ainda não existia. Situando-se nos dias atuais, onde está edificado o prédio do Daer. O campo era cercado por parapeitos, como todos o eram. Como tudo era amador, vários jovens iam assistir aos treinos com a expectativa de entrar quando em vez, para dar uma “fomeada”. Num desses treinos entrou no segundo tempo o jovem {{Valentim Viana}}, que depois também jogou no Rio Grandense e que, dentro de campo, não era flor que se cheirasse.


No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
Valentim, de pés descalços entrou em campo e recebeu um lançamento em profundidade pela esquerda. Correu em direção à bola e no atalho viu que, numa velocidade espantosa, olhos esbugalhados, babando de raiva, tal qual um touro bravo picado por um enxame de abelhas africanas, vinha ele, Alfredo Rasga-Diabo. Valentim, que de bobo não tinha nada deu um salto de fazer inveja a João do Pulo, e, olhando para trás, viu Rasga-Diabo deslizando pela grama, com a perna direita no alto e um estouro.


Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
Com a sola da chuteira, Rasga-Diabo quebrou o parapeito de madeira, atingindo um colega seu ferroviário, que sem nada a fazer foi dar uma olhada no treino. Pela primeira, e talvez única vez, um jogador machucou um torcedor numa disputa de bola.


Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
O Rio Grandense era um time pesado. Além de Rasga-Diabo haviam outros perigosos, como {{Quero-Quero (João Ribeiro Filho)}} e {{Come-Bola (Edelmiro Moreira dos Santos)}}, por exemplo. Se um cineasta chegasse ao clube com um roteiro para realizar um filme de faroeste, não conseguiria, por absoluta falta de mocinhos.


Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
A carreira de Rasga-Diabo terminou mal. Ao prever a violência com que ele entraria numa disputa de bola, o jogador adversário saltou para tentar escapar e ao cair acabou caindo sobre a perna de Rasga, que não aguentou o choque e quebrou. Era seu adeus dos gramados.


== A aventura na Argentina ==
== Honras ==
Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.


==== Os jogos: ====
* Integrante do {{Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo}}
'''NEWELL'S OLD BOYS 1-0 FERRO CARRIL OESTE'''
 
* '''Data:''' 24.03.1968; '''Competição:''' Campeonato Argentino; '''Local:''' Estádio El Coloso del Parque, Rosário (ARG); '''Árbitro:''' Brusca; '''Gol''': Ramírez 4 (1-0); '''Newell's Old Boys:''' Bertoldi; Musante e Kairuz; Ramírez, Aguirre e Adair; De Castro, Punturero, Avallay, J.C. Fernández e Bezerra; '''Ferro Carril Oeste:''' O. Pérez; Vasallo e Sartirana; Allende, Collado e Siles; R. Pérez, Noguera, Vidal, Tartaglia e Aimonetti
 
'''LANÚS 2-0 NEWELL'S OLD BOYS'''
 
* '''Data''': 31.03.1968; '''Competição:''' Campeonato Argentino; '''Local:''' Estádio La Fortaleza, Lanús (ARG); '''Árbitro:''' Minutella; '''Gols:''' Garmendia 27 (1-0), Silva 44 (2-0); '''Lanús:''' Ovejero; Lorenzatto e Carnevale; Ostúa, Cornejo e E. Suárez; Minitti, Garmendia, Silva, De Mario e Basurte; '''Newell's Old Boys:''' Bertoldi; Musante e Kairuz; Ramírez, Aguirre e Adair, De Castro, Punturero, Avallay, J.C. Fernández e Bezerra


== Carreira como jogador ==
== Carreira como jogador ==
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== Carreira como técnico ==
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''*Os jogos do Cruzeiro e do Rio Grandense estão sendo computados e as estatísticas devem aparecer em breve.''
[[Categoria:Personagens]]
[[Categoria:Personagens]]
[[Categoria:Nascidos em 1946]]
[[Categoria:Nascidos em 1909]]
[[Categoria:Nascidos em São Gabriel-RS]]
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[[Categoria:Jogadores do Rio Grandense]]
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[[Categoria:Jogadores da Seleção dos Pretos]]
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[[Categoria:Seleção de Todos os Tempos do Gaúcho]]
[[Categoria:Técnicos do 14 de Julho]]
[[Categoria:Técnicos do Gaúcho]]
[[Categoria:Dirigentes do Independente]]
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Edição atual tal como às 21h54min de 23 de julho de 2024

Rasga-Diabo
⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo Alfredo de Oliveira
Nascimento 19.10.1909
Local Não disponível
Falecimento Não disponível
Local Porto Alegre-RS
Carreira em Passo Fundo
Jogador
Posição Zagueiro
Equipes 1936-1937 - Cruzeiro
1938-1944 - Rio Grandense

Alfredo de Oliveira, também conhecido como Alfredo Rasga-Diabo, Rasga-Diabo ou Rasga (Local de nascimento não conhecido, 19 de outubro de 1909 — Porto Alegre-RS, data de falecimento não conhecida), foi um zagueiro do Cruzeiro e do Rio Grandense temido pela violência dentro de campo.

História

  • Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol

Vocês sabem aquele zagueiro de roça? Zagueiro que não tem nenhuma intimidade com a bola? Porém, tem força, raça, rebate a bola para o lado em que está virado e bate sem nenhum escrúpulo. Claro que em peladas já devem ter visto. Em Passo Fundo, um emblema de jogador com essa titulação era chamado pelo singelo e simpático apelido de Alfredo Rasga-Diabo ou só Rasga-Diabo. Assim é que aparecia nas escalações que os jornais publicavam.

No começo da década de 1930, Rasga-Diabo era zagueiro do time do Cruzeiro da Brigada Militar. Naturalmente, era brigadiano. Em 1938, uma determinação do alto comando da Brigada extinguiu o time e o retirou da Federação Rio Grandense de Futebol. O velho Rio Grandense, o time dos ferroviários, aproveitou a maioria dos atletas do Cruzeiro, dando-lhes emprego na Viação Férrea. Lá foi Rasga-Diabo trabalhar como guarda-freios e jogar com a camisa rubro-esmeralda, como chamavam o clube.

As histórias que contam de Rasga-Diabo parecem inverossímeis. Uma delas é clássica para definir Rasga-Diabo. O Rio Grandense tinha um campo na Avenida Presidente Vargas, na época Avenida Mauá com a hoje Rua Daltro Filho, que ainda não existia. Situando-se nos dias atuais, onde está edificado o prédio do Daer. O campo era cercado por parapeitos, como todos o eram. Como tudo era amador, vários jovens iam assistir aos treinos com a expectativa de entrar quando em vez, para dar uma “fomeada”. Num desses treinos entrou no segundo tempo o jovem Valentim Viana, que depois também jogou no Rio Grandense e que, dentro de campo, não era flor que se cheirasse.

Valentim, de pés descalços entrou em campo e recebeu um lançamento em profundidade pela esquerda. Correu em direção à bola e no atalho viu que, numa velocidade espantosa, olhos esbugalhados, babando de raiva, tal qual um touro bravo picado por um enxame de abelhas africanas, vinha ele, Alfredo Rasga-Diabo. Valentim, que de bobo não tinha nada deu um salto de fazer inveja a João do Pulo, e, olhando para trás, viu Rasga-Diabo deslizando pela grama, com a perna direita no alto e um estouro.

Com a sola da chuteira, Rasga-Diabo quebrou o parapeito de madeira, atingindo um colega seu ferroviário, que sem nada a fazer foi dar uma olhada no treino. Pela primeira, e talvez única vez, um jogador machucou um torcedor numa disputa de bola.

O Rio Grandense era um time pesado. Além de Rasga-Diabo haviam outros perigosos, como Quero-Quero e Come-Bola, por exemplo. Se um cineasta chegasse ao clube com um roteiro para realizar um filme de faroeste, não conseguiria, por absoluta falta de mocinhos.

A carreira de Rasga-Diabo terminou mal. Ao prever a violência com que ele entraria numa disputa de bola, o jogador adversário saltou para tentar escapar e ao cair acabou caindo sobre a perna de Rasga, que não aguentou o choque e quebrou. Era seu adeus dos gramados.

Honras

Carreira como jogador

Ano Equipe J G CA CV
1936 Cruzeiro ND ND ND ND
1937 Cruzeiro ND ND ND ND
1938 Rio Grandense ND ND ND ND
1939 Rio Grandense ND ND ND ND
1940 Rio Grandense ND ND ND ND
1941 Rio Grandense ND ND ND ND
1942 Rio Grandense ND ND ND ND
1943 Rio Grandense ND ND ND ND
1944 Rio Grandense ND ND ND ND
Total ND ND ND ND

*Os jogos do Cruzeiro e do Rio Grandense estão sendo computados e as estatísticas devem aparecer em breve.