Fredolino Chimango: mudanças entre as edições
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Fredolino Chimango era o segundo dos 11 filhos do casal de agricultores Edmundo e Gabriela Francisca da Silva Chimango. Estudou numa escola de Rio do Peixe, até que se mudou com a família para o distrito de Água Santa, onde trabalhou em dois engenhos. | Fredolino Chimango era o segundo dos 11 filhos do casal de agricultores Edmundo e Gabriela Francisca da Silva Chimango. Estudou numa escola de Rio do Peixe, até que se mudou com a família para o distrito de Água Santa, onde trabalhou em dois engenhos. | ||
Mesmo não tendo idade suficiente para o serviço militar, Fredolino se apresentou voluntariamente no quartel do então {{8º Regimento de Infantaria}} de Passo Fundo. Ao completar 18 anos, foi convocado para servir em Quaraí-RS, sendo depois transferido para São João del-Rei-MG e, finalmente, para o Rio de Janeiro (então capital nacional). Depois de aproximadamente um ano no Rio, deu baixa e retornou parar trabalhar como serralheiro em Água Santa. | Mesmo não tendo idade suficiente para o serviço militar, Fredolino se apresentou voluntariamente no quartel do então {{8º Regimento (8º Regimento de Infantaria do Exército)}} de Passo Fundo. Ao completar 18 anos, foi convocado para servir em Quaraí-RS, sendo depois transferido para São João del-Rei-MG e, finalmente, para o Rio de Janeiro (então capital nacional). Depois de aproximadamente um ano no Rio, deu baixa e retornou parar trabalhar como serralheiro em Água Santa. | ||
Chimango foi um dos cerca de 100 homens da região de Passo Fundo que serviram à Força Expedicionária Brasileira na Itália entre 1944 e 1945. Chamado a incorporar-se à 1ª Divisão de Infantaria do Exército, os primeiros soldados brasileiros que lutariam na Europa, sua convocação só chegou depois da saída para a Europa. Assim, partiu para o Rio de Janeiro a tempo de fazer parte da 2ª Divisão que embarcou no dia 22 de setembro de 1944. Ele tinha a identificação 1G-293658. | Chimango foi um dos cerca de 100 homens da região de Passo Fundo que serviram à Força Expedicionária Brasileira na Itália entre 1944 e 1945. Chamado a incorporar-se à 1ª Divisão de Infantaria do Exército, os primeiros soldados brasileiros que lutariam na Europa, sua convocação só chegou depois da saída para a Europa. Assim, partiu para o Rio de Janeiro a tempo de fazer parte da 2ª Divisão que embarcou no dia 22 de setembro de 1944. Ele tinha a identificação 1G-293658. |
Edição atual tal como às 12h28min de 29 de julho de 2024
Fredolino Chimango (Tapejara-RS, 19 de abril de 1921 — Montese, Itália, 15 de abril de 1945) foi um cabo do Exército Brasileiro morto em combate na Itália durante a campanha da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Seu nome batizava o antigo campo em frente ao quartel do Exército em Passo Fundo.
História
Fredolino Chimango era o segundo dos 11 filhos do casal de agricultores Edmundo e Gabriela Francisca da Silva Chimango. Estudou numa escola de Rio do Peixe, até que se mudou com a família para o distrito de Água Santa, onde trabalhou em dois engenhos.
Mesmo não tendo idade suficiente para o serviço militar, Fredolino se apresentou voluntariamente no quartel do então 8º Regimento de Passo Fundo. Ao completar 18 anos, foi convocado para servir em Quaraí-RS, sendo depois transferido para São João del-Rei-MG e, finalmente, para o Rio de Janeiro (então capital nacional). Depois de aproximadamente um ano no Rio, deu baixa e retornou parar trabalhar como serralheiro em Água Santa.
Chimango foi um dos cerca de 100 homens da região de Passo Fundo que serviram à Força Expedicionária Brasileira na Itália entre 1944 e 1945. Chamado a incorporar-se à 1ª Divisão de Infantaria do Exército, os primeiros soldados brasileiros que lutariam na Europa, sua convocação só chegou depois da saída para a Europa. Assim, partiu para o Rio de Janeiro a tempo de fazer parte da 2ª Divisão que embarcou no dia 22 de setembro de 1944. Ele tinha a identificação 1G-293658.
O soldado Chimango integrou o 11º Regimento de Infantaria, conhecido como Lapa Azul, responsável pela tomada de Monte Castello em Gaggio Montano, na Itália, em fevereiro de 1945. Ele também lutaria nas batalhas de Castelnuovo di Garfagnana e de Montese, onde morreram 60 soldados brasileiros no confronto com os alemães.
O desaparecimento de Fredolino Chimango foi anunciado no retorno dos soldados da batalha de Montese. Era 16 de abril, três dias antes de Chimango completar 24 anos e apenas 19 dias antes do fim da Guerra na Europa com a rendição alemã. Durante muito tempo, existiram duas versões para sua morte: a de que teria sido atingido por uma rajada de metralhadora e a de que teria morrido por uma granada de artilharia, que depois se provaria a causa verdadeira.
Os restos mortais de Chimango seriam identificados apenas décadas após o final da Guerra. Isto porque os alemães, ao recolherem seus mortos depois da batalha em Montese, encontraram o corpo de um brasileiro e o jogaram em uma ribanceira. Depois, o corpo, sem a placa de identificação, mas com o emblema da FEB visível no braço, foi recolhido por um morador italiano e sepultado.
Em 1967, 12 anos depois que todos os corpos de soldados brasileiros serem retirados e levados para o Rio de Janeiro, a praça de Pistoia, onde até então repousavam os soldados brasileiros em um cemitério, foi reconstruída e o antigo morador alertou as autoridades sobre a sepultura de um soldado brasileiro. No dia 22 de maio daquele ano, depois de 18 horas de escavação, era encontrado o corpo do passo-fundense. Agora, ele repousa em um monumento construído no local, como símbolo da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial.
Fredolino Chimango acabaria promovido por ato de bravura e condecorado com as Medalha de Campanha e a Cruz de Combate de 2ª Classe, oferecida aos militares que participaram coletivamente de feitos de excepcional destaque. A mãe, dona Gabriela, nunca soube que o filho morreu no confronto com os alemães.
Em maio de 1982, a seção de Passo Fundo da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil encaminhou um ofício para a prefeitura para que o nome do herói passo-fundense fosse dado a uma escola do município. Assim foi feito e, em julho, ele foi homenageado com a inauguração da escola municipal de primeiro grau incompleto do Núcleo Habitacional do Jaboticabal. Em outubro de 1991, o colégio passou a se chamar Escola Municipal de 1º Grau Fredolino Chimango. O militar também é lembrado em ruas em Tapejara-RS, São Gonçalo-RJ e São Paulo-SP.
Honras
- Homenageado com o nome de estádio do 8º Regimento de Infantaria do Exército