Vadecão (Oswaldo Spannenberg): mudanças entre as edições

De Futebol de Passo Fundo
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*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
*''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''


Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
Vadecão e seus irmãos passaram a infância jogando bola no famoso “campo das tunas”, proximidades da gare da viação férrea. Orlando, o irmão mais velho, e Vadecão, o segundo, eram os bons de bola da turma. E, em razão das proximidades do campo do Rio Grandense, frequentavam os jogos e o futebol era o lazer e, ser jogador, o sonho infantil.


Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.
Quando se tornaram adultos, Orlando e Vadecão foram jogar no Guarani, clube que disputava o aguerrido futebol municipal da várzea. Foi Vadecão o convidado a envergar a camisa verde e vermelha do Rio Grandense. Com muito orgulho, disputou pelo clube o campeonato citadino de amadores. Seu time não conquistou o título, mas Vadecão foi muito bem e, convidado a jogar pelo 14 de Julho, como jogador profissional.


Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
Era o ano de 1956. Vadecão nos gramados e Oswaldo Spannenberg na S.A. Moinhos Riograndense, a Samrig. Pela empresa, era titular do time de futebol, e, nos festejos de 1º de maio, Dia do Trabalhador, titular absoluto da zaga da seleção dos industriários e comerciários.


Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
Jogava nas duas laterais, no miolo da zaga e como centromédio. Jogador forte, marcador severo, e com a bola nos pés tinha grande discernimento técnico. Era muito bom jogador e titular do 14 de Julho.


Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.
Veio 1957, ano do Centenário de Passo Fundo. Muitos festejos, exposição feira, bailes, rainhas eleitas, desfiles e, claro, muitos eventos esportivos. Exatamente no dia 7 de agosto, data do centenário de emancipação, o 14 de Julho recebeu o Cruzeiro de Porto Alegre no {{Estádio Celso Fiori}}. O Cruzeiro era um grande time, treinado pelo professor Mendes Ribeiro. E, em campo, tinha Ruarinho, meia esquerda que brilhara no Botafogo carioca; Hermes, meia direita, campeão carioca pelo Flamengo; Tesourinha II, revelação que depois atuou na Europa; Tonico, ex-Grêmio, e outros.


Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
Vadecão formou o miolo de zaga ao lado de {{Pinga (Angelino Reinaldo Brum)}}, jogador que viera de Porto Alegre a atuara no Internacional e no Nacional. O 14 de Julho saiu vencendo por 1 a 0, gol do centroavante {{Gringo (Eduardo Júlio Juriatti)}} e a zaga rubra segurando tudo, transformando Vadecão e Pinga nos nomes da partida. O árbitro era o porto-alegrense Assis Brasil Barcellos, que deu acréscimos suficientes para o empate, gol assinalado por Tesourinha II, quando decorriam quase 50 minutos do segundo tempo.


Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
Neste mesmo ano, o clássico citadino valia pelo título do 1º Centenário, taça única e exclusiva do vencedor. Outra vez Vadecão brilhou, ajudando a segurar o ímpeto alviverde e, na frente, {{Caíco (Carlos Bairon Marques)}} marcou o gol da vitória, amplamente comemorada pelos quatorzeanos.


No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
Vestindo a camisa rubra foram mais quatro anos. Venceu os campeonatos da cidade também em 1958, 1959 e 1960. Em 1958, foi vencedor do campeonato extra, jogando na zaga ao lado de seu irmão {{Orlando (Orlando Spannenberg)}}, que havia sido contratado pelo 14 de Julho.


Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
Em 1961, o clube perdeu a hegemonia do campeonato da cidade. Mas, o 14 de Julho continuava forte e decidido a recuperar o que perdera. Entretanto, em março de 1962, os jornais noticiavam, em manchetes garrafais, uma notícia que alvoroçou a cidade e as duas torcidas rivais. O Gaúcho tirou do 14 de Julho o defensor Vadecão e o ponteiro {{Meca (Américo Martins de Oliveira)}}. A notícia, além de surpreendente mexeu com os torcedores. Vadecão e Meca eram ídolos intocáveis do 14 de Julho. Vadecão ainda trabalhava na Samrig e Meca na Cia. Sulina de Transportes. Isto é, eram jogadores semiprofissionais.


Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
Vadecão defendeu o Gaúcho, embora o coração fosse alvirrubro, até 1965. Nesse ano foi titular da lateral-esquerda alviverde no jogo festivo contra o Palmeiras. Tinha pela frente Djalma Santos, Ademir da Guia, Servilio, Tupanzinho, Zequinha e a restante constelação de craques. O Palmeiras deu show e o Gaúcho jogou. Vadecão já estava no limiar de sua carreira, mas brilhou em uma de suas últimas partidas pelo clube do Boqueirão.


Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
No mesmo ano retornou ao 14 de Julho para encerrar a carreira. E, foi uma carreira profícua, embora não pudesse se dedicar unicamente à bola. Mas, o trabalho paralelo foi quem deu a Vadecão uma boa aposentadoria e merecido descanso.


== A aventura na Argentina ==
Conhecido por muitos passo-fundenses, Vadecão é parado constantemente na rua para falar sobre futebol. Pai de um casal de filhos e netas, Vadecão é Ministro da Eucaristia e pode ser encontrado, com muita assiduidade, na Catedral Nossa Senhora Aparecida.
Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.


== Honras ==
== Honras ==


* 9º jogador com maior número de jogos pelo Gaúcho (232)
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como zagueiro
* 3º jogador com maior número de gols pelo Gaúcho (60)
* 11º jogador com maior número de jogos pelo 14 de Julho (56)
* 11º jogador com maior número de gols pelo 14 de Julho (27)
* Melhor jogador do Campeonato Gaúcho 2ª Divisão de 1966
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do Gaúcho como atacante
* Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como atacante
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
* Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo


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== Carreira como técnico ==
''*Os jogos do Rio Grandense estão sendo computados e as estatísticas devem aparecer em breve.''
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__NOTOC__
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Edição atual tal como às 21h55min de 23 de julho de 2024

Vadecão
⭐Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho
⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo
Informações pessoais
Nome completo Oswaldo Spannenberg
Nascimento 22.02.1938
Local Passo Fundo
Carreira em Passo Fundo
Jogador
Posição Lateral direito, lateral esquerdo,
zagueiro, centromédio
Equipes 1956-1956 - Rio Grandense
1957-1961 - 14 de Julho
1962-1965 - Gaúcho
1965-1965 - 14 de Julho

Oswaldo Spannenberg, também conhecido como Vadecão (Passo Fundo, 22 de fevereiro de 1938), é um ex-defensor que jogou como lateral direito, esquerdo, zagueiro e centromédio. Começou como amador no Rio Grandense, foi ídolo no 14 de Julho no final da década de 1950 e início da de 1960, até que se transferiu para o Gaúcho, o que causou um “escândalo midiático” na época. Depois, voltaria ao time rubro para encerrar a carreira. Faz parte da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho e do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo.

História

  • Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol

Vadecão e seus irmãos passaram a infância jogando bola no famoso “campo das tunas”, proximidades da gare da viação férrea. Orlando, o irmão mais velho, e Vadecão, o segundo, eram os bons de bola da turma. E, em razão das proximidades do campo do Rio Grandense, frequentavam os jogos e o futebol era o lazer e, ser jogador, o sonho infantil.

Quando se tornaram adultos, Orlando e Vadecão foram jogar no Guarani, clube que disputava o aguerrido futebol municipal da várzea. Foi Vadecão o convidado a envergar a camisa verde e vermelha do Rio Grandense. Com muito orgulho, disputou pelo clube o campeonato citadino de amadores. Seu time não conquistou o título, mas Vadecão foi muito bem e, convidado a jogar pelo 14 de Julho, como jogador profissional.

Era o ano de 1956. Vadecão nos gramados e Oswaldo Spannenberg na S.A. Moinhos Riograndense, a Samrig. Pela empresa, era titular do time de futebol, e, nos festejos de 1º de maio, Dia do Trabalhador, titular absoluto da zaga da seleção dos industriários e comerciários.

Jogava nas duas laterais, no miolo da zaga e como centromédio. Jogador forte, marcador severo, e com a bola nos pés tinha grande discernimento técnico. Era muito bom jogador e titular do 14 de Julho.

Veio 1957, ano do Centenário de Passo Fundo. Muitos festejos, exposição feira, bailes, rainhas eleitas, desfiles e, claro, muitos eventos esportivos. Exatamente no dia 7 de agosto, data do centenário de emancipação, o 14 de Julho recebeu o Cruzeiro de Porto Alegre no Estádio Celso Fiori. O Cruzeiro era um grande time, treinado pelo professor Mendes Ribeiro. E, em campo, tinha Ruarinho, meia esquerda que brilhara no Botafogo carioca; Hermes, meia direita, campeão carioca pelo Flamengo; Tesourinha II, revelação que depois atuou na Europa; Tonico, ex-Grêmio, e outros.

Vadecão formou o miolo de zaga ao lado de Pinga, jogador que viera de Porto Alegre a atuara no Internacional e no Nacional. O 14 de Julho saiu vencendo por 1 a 0, gol do centroavante Gringo e a zaga rubra segurando tudo, transformando Vadecão e Pinga nos nomes da partida. O árbitro era o porto-alegrense Assis Brasil Barcellos, que deu acréscimos suficientes para o empate, gol assinalado por Tesourinha II, quando decorriam quase 50 minutos do segundo tempo.

Neste mesmo ano, o clássico citadino valia pelo título do 1º Centenário, taça única e exclusiva do vencedor. Outra vez Vadecão brilhou, ajudando a segurar o ímpeto alviverde e, na frente, Caíco marcou o gol da vitória, amplamente comemorada pelos quatorzeanos.

Vestindo a camisa rubra foram mais quatro anos. Venceu os campeonatos da cidade também em 1958, 1959 e 1960. Em 1958, foi vencedor do campeonato extra, jogando na zaga ao lado de seu irmão Orlando, que havia sido contratado pelo 14 de Julho.

Em 1961, o clube perdeu a hegemonia do campeonato da cidade. Mas, o 14 de Julho continuava forte e decidido a recuperar o que perdera. Entretanto, em março de 1962, os jornais noticiavam, em manchetes garrafais, uma notícia que alvoroçou a cidade e as duas torcidas rivais. O Gaúcho tirou do 14 de Julho o defensor Vadecão e o ponteiro Meca. A notícia, além de surpreendente mexeu com os torcedores. Vadecão e Meca eram ídolos intocáveis do 14 de Julho. Vadecão ainda trabalhava na Samrig e Meca na Cia. Sulina de Transportes. Isto é, eram jogadores semiprofissionais.

Vadecão defendeu o Gaúcho, embora o coração fosse alvirrubro, até 1965. Nesse ano foi titular da lateral-esquerda alviverde no jogo festivo contra o Palmeiras. Tinha pela frente Djalma Santos, Ademir da Guia, Servilio, Tupanzinho, Zequinha e a restante constelação de craques. O Palmeiras deu show e o Gaúcho jogou. Vadecão já estava no limiar de sua carreira, mas brilhou em uma de suas últimas partidas pelo clube do Boqueirão.

No mesmo ano retornou ao 14 de Julho para encerrar a carreira. E, foi uma carreira profícua, embora não pudesse se dedicar unicamente à bola. Mas, o trabalho paralelo foi quem deu a Vadecão uma boa aposentadoria e merecido descanso.

Conhecido por muitos passo-fundenses, Vadecão é parado constantemente na rua para falar sobre futebol. Pai de um casal de filhos e netas, Vadecão é Ministro da Eucaristia e pode ser encontrado, com muita assiduidade, na Catedral Nossa Senhora Aparecida.

Honras

  • Integrante da Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho como zagueiro
  • Integrante do Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo

Carreira como jogador

Ano Equipe J G CA CV
1956 Rio Grandense ND ND ND ND
1957 14 de Julho 13 0 0 0
1958 14 de Julho 15 0 0 0
1959 14 de Julho 18 0 0 0
1960 14 de Julho 22 1 0 0
1961 14 de Julho 11 0 0 0
1962 Gaúcho 15 0 0 0
1963 Gaúcho 16 0 0 0
1964 Gaúcho 15 1 0 0
1965 Gaúcho 2 0 0 0
1965 14 de Julho 3 0 0 0
1965 Seleção dos Brancos 1 0 0 0
Total 131 2 0 0

*Os jogos do Rio Grandense estão sendo computados e as estatísticas devem aparecer em breve.