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| ! colspan="2" |Adair | | ! colspan="2" |Celso Fiori |
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| | colspan="2" align="center" |<small>⭐Seleção de Todos os Tempos do 14 de Julho<br></small><small>⭐Hall da Fama do Futebol de Passo Fundo<br>👤2º Patrono do Gaúcho<br>🏟️Nome de estádio</small> | | | colspan="2" align="center" |<small>👤Patrono do 14 de Julho<br>🏟️Nome de estádio</small> |
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| '''Adair Lopes Bicca''' (São Gabriel-RS, 5 de janeiro de 1946 — Sertão-RS, 5 de outubro de 2017), também conhecido como '''Adair''', foi centromédio e técnico do [[Sport Clube Gaúcho|Gaúcho]]. | | '''Celso da Cunha Fiori''', também conhecido como '''Celso Fiori''' (Pelotas-RS, 19 de julho de 1905 — Passo Fundo, 2 de outubro de 1990), foi ex-jogador e ex-presidente do {{14 de Julho (Grêmio Esportivo e Recreativo 14 de Julho)}}. Além de ser um torcedor e um benemérito fervoroso do clube, emprestou seu nome ao antigo {{Estádio Celso Fiori}}, também chamado de Estádio da Baixada, e foi escolhido patrono quatorzeano. |
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| == História == | | == História == |
| *''Por Marco Antonio Damian, historiador e pesquisador de futebol''
| | Um dos grandes nomes do futebol passo-fundense, o advogado Celso da Cunha Fiori nasceu em 19 de julho de 1905, em Pelotas. Viveu alguns anos em Porto Alegre, onde foi jogador do extinto Fuss-Ball Club Porto Alegre, o primeiro clube da capital a jogar em Passo Fundo, em julho de 1926. No ano seguinte se transferiu para a cidade. Ingressou no 14 de Julho, onde jogou como centromédio em 1927 e 1929. Também foi presidente do 14 de Julho em 1939, 1949, 1950, 1952 e 1957. |
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| Em 1965, chegou ao Gaúcho um grande centromédio. Veio emprestado pelo Grêmio porto-alegrense, com boas credenciais, que se confirmaram em campo. Adair tinha muita técnica, marcador duro, porém leal e saía para o ataque com maestria, com bom arremate de fora da área. Jogador combativo e técnico. Chegou para ser titular e efetivamente o foi. Ao lado do experiente [[Gitinha (Manoel Bonifácio Porciúncula Nunez)|Gitinha]], formou meio de campo de luxo no alviverde. Foi campeão regional e vice-campeão estadual da segunda divisão, tendo jogado muito bem as duas partidas finais contra o Rio-Grandense de Rio Grande.
| | Ainda em 1936, então professor de Língua Portuguesa e de Latim no Instituto Gymnasial, hoje {{Instituto Educacional}}, Fiori e o diretor esportivo da escola, Sabino Santos, tentaram criar a {{Liga Athlética Passofundense}}, que administraria competições de “tennis, foot-ball, volley-ball e basket”. A ideia acabou não dando certo, mas acabaria lançando a semente da criação de uma nova liga de futebol na cidade, o que aconteceria em maio de 1940. Seria eleito o primeiro presidente da {{Liga Passo-Fundense de Futebol (LPF)}}. |
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| Adair era natural de São Gabriel e em sua terra jogou no time amador do Olaria. Era titular do time adulto com 14 anos de idade, em razão de seu bom porte físico. Levado à categoria de base do Grêmio, era tido como promessa de craque.
| | Em 1946, quando o 14 de Julho foi desalojado de seu {{Estádio da Vila Cruzeiro}} para a instalação da Cia. Hidráulica, antecessora da Corsan, incentivou a construção do novo estádio colorado, inaugurado em 1949 contra o Internacional, demolido anos depois e onde hoje se encontra a estação rodoviária de Passo Fundo. Em 1952 fez o 14 de Julho aderir ao futebol profissional, algo inédito na região. |
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| Em 1966, ano em que o Gaúcho foi campeão estadual, Adair não estava no grupo. O Grêmio exigira sua devolução e, pelo tricolor, sagrou-se campeão gaúcho daquele ano. Mas, Adair não era feliz no Grêmio. Deixara em Passo Fundo seu grande amor, sua namorada, que virou sua esposa, e também tinha saudade da idolatria que alcançara entre os torcedores alviverdes.
| | Quando deixou a presidência pela última vez, mas sem jamais se afastar do clube, foi homenageado com o título de patrono rubro. |
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| Retornou ao [[Estádio Wolmar Salton (1957)|Estádio Wolmar Salton]] em 1967, mais uma vez emprestado pelo Grêmio. Adair forçou sua volta ao clube do Boqueirão. Desta feita, ficou poucos meses. Era mais uma vez titular do time, jogando com [[Roberto (Manoel Roberto Antonello)|Roberto]] no meio de campo, quando o Newell’s Old Boys, de Rosário, Argentina, veio buscá-lo (leia mais abaixo). Os argentinos levaram Adair, do Grêmio e Carlos Castro, do Internacional.
| | Em 1965, no jantar de comemoração dos 25 anos da fundação da então Liga Passo-Fundense de Futebol no restaurante Maracanã, Fiori relembrou de uma iniciativa que quase interrompeu o Campeonato Citadino. Sempre preocupado com a educação, exigiu que todo atleta que disputasse os jogos da competição deveria ser alfabetizado. O problema é que grande parte dos jogadores não conseguia nem mesmo assinar o próprio nome. Pressionado pelas diretorias dos clubes, Fiori decidiu contratar uma professora de Língua Portuguesa e fundou uma escola noturna que passou a ser frequentada por todos os jogadores analfabetos. |
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| Voltou ao futebol gaúcho para defender o Cachoeira. Ficou pouco tempo e foi contratado pelo Esportivo, de Bento Gonçalves. Atuou no grande time montado pelo clube no começo dos anos de 1970. Jogou na lateral-direita, pois o meio de campo era povoado por Paulo Araújo e Adilson, dois excelentes jogadores. Vestiam também a camisa alvianil talentos como Décio, Lairton, Gonha, Marcos e José, sendo treinado pelo mestre Ênio Andrade.
| | '''Vida pessoal''' |
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| Seu último clube profissional foi o Encantado. Encerrou a carreira ainda jovem e com muita bola no corpo. Veio residir em Passo Fundo, terra de sua esposa. Foi treinador do Gaúcho, AESA, Santo Ângelo e São Borja. Enquanto estava na cidade, Adair jogava futebol pelos veteranos e futebol sete em clubes sociais. Ao mesmo tempo era funcionário público municipal, pois prestara concurso para tal.
| | De origem humilde, era o filho único do casal Antônio Gentil Fiori e Leonídia da Cunha Fiori. Nasceu em Pelotas, na casa dos avós maternos, mas logo em seguida voltou a Porto Alegre, onde já viviam seus pais. |
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| Na década de 1990, quando o Gaúcho extinguiu seu departamento de futebol profissional, seus dirigentes montaram um bem-sucedido projeto de categorias de base. Suas várias categorias tiveram absoluto sucesso, conquistando títulos estaduais e até internacionais. Ao mesmo tempo revelou bons jogadores. O coordenador-técnico era Adair Bicca.
| | Antônio Fiori trabalhou boa parte da vida como conferente na Viação Férrea, situação que levou a família a residir em várias cidades, como Santa Maria, Pelotas, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves. Já o menino Celso foi aprendiz de sapateiro e de alfaiate em Pelotas. Em 1922 se formou como guarda-livros no Colégio Santo Antônio em Garibaldi. Também fez cursos de filosofia e psicologia até entrar para a faculdade de Direito. |
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| No ano 2000, o Gaúcho voltou ao futebol profissional e inacreditavelmente desmanchou todas as vitoriosas categorias de base. E Adair deixou o clube pela última vez.
| | Depois de ter adotado Passo Fundo como sua cidade, rapidamente passou a fazer parte da vida social. Empreendedor, investiu na construção de prédios como o Edifício Moron, em frente ao Banco do Brasil, e o Edifício Fiori, onde foi colocado o primeiro elevador da cidade, além de criar algumas empresas comerciais e industriais. |
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| Amigo de todos, frequentava rodas de “boleiros” no centro da cidade, após ter se aposentado do cargo público que exercia. Presidiu a [[Associação dos Veteranos de Futebol de Passo Fundo]] e estava sempre presente em diretorias, participando de festas e churrascos com os amigos, embora jamais tenha ingerido bebida alcoólica.
| | Fiori também ajudou a fundar o Grêmio Passo-Fundense de Letras, atual Academia Passo-Fundense de Letras (foi seu primeiro presidente), o Instituto Histórico de Passo Fundo e a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo, cujos estatutos redigiu. Foi diretor e professor na Faculdade de Direito, onde lecionava a cadeira de Direito Comercial. Ainda, participou do grupo que construiu o Turis Hotel e o antigo Cine-Teatro Pampa e trouxe a primeira repetidora de televisão para a cidade, a TV Piratini, entre outros pioneirismos. |
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| Num sábado de 2017, Adair esteve num churrasco na chácara do ex-jogador [[Vando (Wandenir Baptista Marques)|Vando]] e pegou uma carona até a cidade com o professor Carlos Alberto Romero. Desceu do carro e ninguém mais o viu. Adair ganhou todas as manchetes de jornais, matérias na televisão e em redes sociais. O seu misterioso desaparecimento causou comoção. Mesmo não fazendo transparecer, Adair estava com enorme depressão. Familiares, amigos e policiais realizaram várias buscas para encontrá-lo, mas tudo foi infrutífero.
| | Outra característica bem conhecida era a de não querer se envolver em política, recusando diversos convites para concorrer a prefeito de Passo Fundo. |
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| Muitos meses depois, uma ossada foi encontrada próximo a um riacho na cidade de Sertão. O advogado da família, Ivens Ribas, reconheceu, após perícia na arcada dentária, a ossada de Adair. Uma morte sinistra e triste de um ídolo do futebol.
| | Celso Fiori se casou em 25 de junho de 1930 com Florinha Fiori e teve três filhos: Renan, Renato e Lúcia. Ele morreria aos 85 anos, em 2 de outubro de 1990, em Passo Fundo. |
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| == A aventura na Argentina == | | == Honras == |
| Em 1968, Adair se transferiu do Gaúcho para Rosário, na Argentina, para jogar no Newell's Old Boys. Foram dois jogos pelos "leprosos", apelido do time da província de Santa Fé, no Campeonato Metropolitano (o "Argentinão" tinha dois campeões, porque também era disputado o Campeonato Nacional). Nas duas partidas, Adair atuou como lateral-esquerdo sob a orientação do técnico brasileiro Roberto Belangero. O grande nome da equipe era o zagueiro e capitão Daniel Musante. O Newell's terminaria o campeonato em sétimo lugar. O vencedor foi o San Lorenzo. Ainda em 1968, Adair jogaria no Deportivo Italia da Venezuela. Depois, passaria pelo Cachoeira (1969), Esportivo (1970-1975) e Encantado, onde encerraria a carreira em 1975.
| | * Homenageado com o nome do estádio do 14 de Julho |
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| ==== Os jogos: ====
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| '''NEWELL'S OLD BOYS 1-0 FERRO CARRIL OESTE'''
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| * '''Data:''' 24.03.1968; '''Competição:''' Campeonato Argentino; '''Local:''' Estádio El Coloso del Parque, Rosário (ARG); '''Árbitro:''' Brusca; '''Gol''': Ramírez 4 (1-0); '''Newell's Old Boys:''' Bertoldi; Musante e Kairuz; Ramírez, Aguirre e Adair; De Castro, Punturero, Avallay, J.C. Fernández e Bezerra; '''Ferro Carril Oeste:''' O. Pérez; Vasallo e Sartirana; Allende, Collado e Siles; R. Pérez, Noguera, Vidal, Tartaglia e Aimonetti
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| '''LANÚS 2-0 NEWELL'S OLD BOYS'''
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| * '''Data''': 31.03.1968; '''Competição:''' Campeonato Argentino; '''Local:''' Estádio La Fortaleza, Lanús (ARG); '''Árbitro:''' Minutella; '''Gols:''' Garmendia 27 (1-0), Silva 44 (2-0); '''Lanús:''' Ovejero; Lorenzatto e Carnevale; Ostúa, Cornejo e E. Suárez; Minitti, Garmendia, Silva, De Mario e Basurte; '''Newell's Old Boys:''' Bertoldi; Musante e Kairuz; Ramírez, Aguirre e Adair, De Castro, Punturero, Avallay, J.C. Fernández e Bezerra
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| == Carreira como jogador == | | == Carreira como jogador == |
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| == Carreira como técnico ==
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| __NOTOC__ | | __NOTOC__ |
Celso Fiori
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👤Patrono do 14 de Julho 🏟️Nome de estádio
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Informações pessoais
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Nome completo
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Celso da Cunha Fiori
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Nascimento
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19.07.1905
|
Local
|
Pelotas-RS
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Falecimento
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02.10.1990, aos 85 anos
|
Local
|
Passo Fundo
|
Ocupação
|
Advogado
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Carreira em Passo Fundo
|
Jogador
|
Posição
|
Centromédio
|
Equipes
|
1927-1927 - 14 de Julho 1929-1929 - 14 de Julho
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Dirigente
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Equipes
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14 de Julho
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Entidades
|
Liga Passo-Fundense de Futebol
|
Celso da Cunha Fiori, também conhecido como Celso Fiori (Pelotas-RS, 19 de julho de 1905 — Passo Fundo, 2 de outubro de 1990), foi ex-jogador e ex-presidente do 14 de Julho. Além de ser um torcedor e um benemérito fervoroso do clube, emprestou seu nome ao antigo Estádio Celso Fiori, também chamado de Estádio da Baixada, e foi escolhido patrono quatorzeano.
História
Um dos grandes nomes do futebol passo-fundense, o advogado Celso da Cunha Fiori nasceu em 19 de julho de 1905, em Pelotas. Viveu alguns anos em Porto Alegre, onde foi jogador do extinto Fuss-Ball Club Porto Alegre, o primeiro clube da capital a jogar em Passo Fundo, em julho de 1926. No ano seguinte se transferiu para a cidade. Ingressou no 14 de Julho, onde jogou como centromédio em 1927 e 1929. Também foi presidente do 14 de Julho em 1939, 1949, 1950, 1952 e 1957.
Ainda em 1936, então professor de Língua Portuguesa e de Latim no Instituto Gymnasial, hoje Instituto Educacional, Fiori e o diretor esportivo da escola, Sabino Santos, tentaram criar a Liga Athlética Passofundense, que administraria competições de “tennis, foot-ball, volley-ball e basket”. A ideia acabou não dando certo, mas acabaria lançando a semente da criação de uma nova liga de futebol na cidade, o que aconteceria em maio de 1940. Seria eleito o primeiro presidente da Liga Passo-Fundense de Futebol.
Em 1946, quando o 14 de Julho foi desalojado de seu Estádio da Vila Cruzeiro para a instalação da Cia. Hidráulica, antecessora da Corsan, incentivou a construção do novo estádio colorado, inaugurado em 1949 contra o Internacional, demolido anos depois e onde hoje se encontra a estação rodoviária de Passo Fundo. Em 1952 fez o 14 de Julho aderir ao futebol profissional, algo inédito na região.
Quando deixou a presidência pela última vez, mas sem jamais se afastar do clube, foi homenageado com o título de patrono rubro.
Em 1965, no jantar de comemoração dos 25 anos da fundação da então Liga Passo-Fundense de Futebol no restaurante Maracanã, Fiori relembrou de uma iniciativa que quase interrompeu o Campeonato Citadino. Sempre preocupado com a educação, exigiu que todo atleta que disputasse os jogos da competição deveria ser alfabetizado. O problema é que grande parte dos jogadores não conseguia nem mesmo assinar o próprio nome. Pressionado pelas diretorias dos clubes, Fiori decidiu contratar uma professora de Língua Portuguesa e fundou uma escola noturna que passou a ser frequentada por todos os jogadores analfabetos.
Vida pessoal
De origem humilde, era o filho único do casal Antônio Gentil Fiori e Leonídia da Cunha Fiori. Nasceu em Pelotas, na casa dos avós maternos, mas logo em seguida voltou a Porto Alegre, onde já viviam seus pais.
Antônio Fiori trabalhou boa parte da vida como conferente na Viação Férrea, situação que levou a família a residir em várias cidades, como Santa Maria, Pelotas, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves. Já o menino Celso foi aprendiz de sapateiro e de alfaiate em Pelotas. Em 1922 se formou como guarda-livros no Colégio Santo Antônio em Garibaldi. Também fez cursos de filosofia e psicologia até entrar para a faculdade de Direito.
Depois de ter adotado Passo Fundo como sua cidade, rapidamente passou a fazer parte da vida social. Empreendedor, investiu na construção de prédios como o Edifício Moron, em frente ao Banco do Brasil, e o Edifício Fiori, onde foi colocado o primeiro elevador da cidade, além de criar algumas empresas comerciais e industriais.
Fiori também ajudou a fundar o Grêmio Passo-Fundense de Letras, atual Academia Passo-Fundense de Letras (foi seu primeiro presidente), o Instituto Histórico de Passo Fundo e a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo, cujos estatutos redigiu. Foi diretor e professor na Faculdade de Direito, onde lecionava a cadeira de Direito Comercial. Ainda, participou do grupo que construiu o Turis Hotel e o antigo Cine-Teatro Pampa e trouxe a primeira repetidora de televisão para a cidade, a TV Piratini, entre outros pioneirismos.
Outra característica bem conhecida era a de não querer se envolver em política, recusando diversos convites para concorrer a prefeito de Passo Fundo.
Celso Fiori se casou em 25 de junho de 1930 com Florinha Fiori e teve três filhos: Renan, Renato e Lúcia. Ele morreria aos 85 anos, em 2 de outubro de 1990, em Passo Fundo.
Honras
- Homenageado com o nome do estádio do 14 de Julho
Carreira como jogador
Ano
|
Equipe
|
J
|
G
|
CA
|
CV
|
1927
|
14 de Julho
|
4
|
2
|
0
|
0
|
1929
|
14 de Julho
|
4
|
1
|
0
|
0
|
Total
|
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8
|
3
|
0
|
0
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